terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Caminho Sagrado da Floresta

O GRANDE MARACÁ

“Uma mudança na estrutura ou, troca de semente no interior do Maracá, muda toda a estrutura do cosmo. "

Caminhamos na floresta orientados a colher as sementes que estão pelo caminho, seguimos assim até chegar a grande cabana indígena. No centro da cabana uma coluna de mais ou menos um metro e meio. Em cima dela, um fruto de Coité representa o globo terrestre. A estrutura lembra um grande *Maracá. Do lado do sol poente, jorra uma vertente de águas limpas em um altar construído com nove meias cuias e uma representação do Sol em seu cume. As águas transbordam produzindo um relaxante som de chuva.

Ao ritmo do maracá, o guia canta e dança evocando as forças da natureza. Uma nativa personificando a mãe natureza entra na cabana e retira a parte superior do globo terrestre, revelando a salada de frutas adocicada com mel de abelha em seu interior que é servida nas cuias dos caminhantes.
Em seguida, somos orientados a encontrar entre as meias cuias que rodeiam o altar, uma meia cuia que se encaixe a cuia recebida no inicio da caminhada e, depositamos nelas as sementes colhidas durante a caminhada.

* Neste rito, as sementes representam os sentimentos humanos e, sob a orientação do guia, selecionamos as que representam os sentimentos que, do nosso ponto de vista são benéficos para interagir com o proximo e as depositamos na cuia que retiramos do altar. As sementes restantes, são levadas e jogadas nas águas corrente. O guia entrega ligas de látex coloridas para que cada um unam as meias cuias e construa os maracás de bons sentimentos individuais do grupo. *Esses maracás passam a marcar o ritmo durante toda caminhada representando o espirito irmanante que deve estar presente durante toda caminhada.


*MARACÁ - É um instrumento musical ritualístico indígena, utilizado por pajés e xamãs. Os ayahuasqueiros amazônicos utilizam para marcar o ritmo dos hinários nos trabalhos espirituais. Até o inicio do terceiro milênio, os ayahuasqueiros construíam MARACÁS com latas produzidas por industria de laticínios na parte superior.

No período do milênio das águas, no lendários leito do Rio Branco, os Maracás são construído com o fruto de cabaça seca, composto com variadas sementes.

Maracá é um instrumento utilizados em todos lugares do mundo. Os formatos e nomes desse instrumento variam conforme os lugares, etnias etc.

Uma das traduções para a palavra MARACÁ, é de origem indígena e vem do estado de Recife, e quer dizer: "a pedra que fala".
Nas narrativas lendológicas, o FABULENDÁRIO Rei de MARACÁ, da lendária aldeia dos contadores de historias da floresta, o grande anfitrião dos “LENDÁRIOS NATIVOS FESTEIROS", utiliza o Maracá para repassar conhecimentos e saberes ancestrais. Existe alguns argumentos lendológico de fundamentação e sustentação das origens e autenticidade do nobre e imemorial nativo lendário maracazeiro que apresento em seguida:


O br />O NATIVO LENDÁRIO FESTEIRO O jovem chegou na beira do barranco do igarapé, pede licença a mãe das águas e mergulha. Ao emergi é surpreendido com o som de algo caindo na parte de cima do barranco. Curioso, o jovem vai verificar a origem do som e ver um fruto de cabaça seca presa entre as ramas que cobriam a encosta. Sube o barranco e pega o fruto caindo. Mas, seus pés molhados escorregaram e ele desceu segurando o fruto e consegue para na beira do igarapé, tentando se equilibrar para não cair nas águas com a cabaça na mão. Nesse momento ele emitiu sons característicos de quem busca o equilíbrio (ô,ô,ô,o,o,o...) balançando os braços, o que faz com que as sementes se soltem dentro da cabaça e entrem em atrito com a casca dura do fruto, produzir vibrações sonoras típicas dos Maracá. Ele evita a queda, mas o som produzido pelas sementes chama sua atenção e, ao perceber o que acabara de fazer, sorrir. Instintivamente repete os movimentos, balançando o corpo e movimentando os braços produzindo sons com a boca e marcando o ritmo com as sementes na cabaça. Fascinado com a brincadeira, entra em transe, variando movimentos e sonoridades orais, só parando quando estava exausto. Deita na beira do igarapé para descansar e depois, feliz da vida, voltou para aldeia. Na aldeia, chama as criança e repete a brincadeira. As crianças ficam encantadas, e, rapidamente correm para floresta e colhem frutos de cabaça secas. O terreiro fica repleto de criança gritando, dançando e agitando os maracás. A movimentação chama a atenção dos nativos. Os mais jovens são os primeiros a se aproximarem. Eles não resiste a brincadeira e entram na dança, cantado ao ritmo dos maracás das crianças. Foi sem duvida um dos dias mais felizes da aldeia e ficou marcado para sempre na memória dos nativos. No dia seguinte, logo cedo, todos já estavam no centro da aldeia agradecendo ao grande espirito do igarapé pelo presente que enviara a aldeia através do jovem nativo, e repetiram tudo novamente até chegar o anoitecer. A parti daí, todos os dias eles reservam uma hora para brincar com os maracás. Com o passar do tempo, são criando novos instrumentos, novas formas de cantar e dançar. Isso chama a atenção das outras aldeias, e não demora para que a brincadeira passe a fazer parte do cotidiano delas, e assim, se espalhou pelo mundo. A musica, o canto e a dança foram sendo incorporadas a cultura de todos nativos ao redor do planeta. ” * Essa lenda acima, narra a origem da musica instrumental, do canto e dança, e mesmo tempo, dar vida a figura lendária do Maracazeiro. Dentro do lendologismo, isso é caracterizado como Autenticador de um Lendário ser Florestano

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Realismo Lendológico - Parte IV (a)

Clenilson Batista

O Caminho Sagrado da Floresta

O GRANDE MARACÁ


“Uma mudança na estrutura, ou troca de semente no interior do Maracá, muda toda a estrutura do cosmo. "

Ainda caminhando dentro da floresta somos orientados a colher as sementes que encontramos pelo caminho, e seguimos até uma cabana estilo indígena, que tem uma coluna de mais ou menos um metro e meio de altura no centro, com um globo terrestre feito da casca esférica de fruto de Coité, exposto encima. A estrutura lembra um grande maracá. Do lado do sol poente, uma vertente de água transparente jorra passando por meias cuias que transbordam formando uma cascata.
Ao ritmo do maracá, o guia canta e dança evocando as forças da natureza. Uma nativa representando a mãe natureza entra na cabana e retira a parte superior do globo. Na parte inferior contem salada de frutas adocicada com mel de abelha, que é servida a todos.
O guia pede que procuremos entre as meias cuias expostas num altar, uma cuia que se encaixe a cuia que temos nas mãos e depositemos nelas as sementes que colhemos.
Nesse ritual as sementes representam os sentimentos humanos, somos orientados a associa-las aos nossos sentimentos particulares e em seguida transferi-las para a cuia que trouxemos. Feito isso o guia pede retirar-mos da cuia as sementes que para nós representam os sentimentos que humano que não são benéficos para interagir com outro ser humano, e as depositamos na cuia retirada do altar. Vamos até a vertente e jogamos as sementes selecionadas na água corrente. Retiramos um pouco de água com a mão e deixamos que a água goteje encima das boas sementes que ficaram em nossas cuias. E assim, com ligas de látex coloridas unimos as duas meias cuias, e construímos os nossos maracás sentimentais particulares.



MARACÁ - Maracá é um instrumento musical ritualístico indígena, utilizado por pajés e xamãs. Na amazônia é utilizado pelos ayuasqueiros no acompanhamento dos hinários nas sessões de trabalhos espirituais. Músicos de todas as partes do mundo utilizar o Maracá para marca ritmos melódicos.

* Até o começo do terceiro milênio os ayuasqueiros acreanos construíam seus MARACÁS utilizando na parte superior, latas metálicas produzidas por industria de leite e outros laticínios. Dentro do período do lendários Rio Branco, no contexto conhecido como milênio das águas, o Maracá é construído com o fruto de cabaça seca e sementes diversas.

Uma das traduções conhecida para a palavra MARACÁ, é de origem indígena e vem do estado de Recife, que quer dizer "a pedra que fala".
Nas narrativas lendologicas, com freqüência vamos encontrar o Maracá sendo utilizado pelo FABULENDÁRIO Rei de MARACÁ, o grande maracazeiro anfitrião dos “LENDÁRIOS NATIVOS FESTEIROS FLORESTANOS", o rei da lendária aldeia dos contadores de historias da floresta. Um dos argumentos narrativos lendologicos de fundamentação e sustentação de origem e autenticidade do Rei de Maracá, dentro do lendologismo é o seguinte:


O NATIVO LENDÁRIO FESTEIRO

“ O jovem nativo mergulhou no igarapé, e ao emergi ouviu o som de algo caindo na parte de cima do barranco. Olhou e viu um fruto de cabaça seca, presa entre as ramas. Curioso, ele saiu da água e com um pouco de esforço subiu o barranco e pegou fruto. Mas ao pegar escorregou e deslizou pela encosta, e foi pará na beira do igarapé, onde ficou tentando se equilibrando para não cair na água, emitindo com a boca sons característicos de quem busca o equilíbrio (ô,ô,ô,o,o,o...) e ao mesmo tempo balançando os braços, fazendo com que as sementes da cabaça se soltassem e entrassem em atrito com a casca dura do fruto produzindo vibrações sonoras. Evitou a queda na água, e pé na beira do barranco, olhou para fruto em sua mão e começou a sorri, lembrando do que havia feito para se equilibrar. Instintivamente veio a idéia de repeti novamente o que acabara fazer acidentalmente, e começou então a balançar o corpo, movimentando os braços, produzindo sons com a boca seguindo o ritmo das sementes da cabaça. E ficou tão envolvido com a situação que entrou numa espécie transe, passando a variar movimentos e sonoridades orais, até ficar exausto. Descansou um pouco, e feliz da vida voltou para aldeia. Chegando lá, chamou as criança e repetiu para elas o que acabara de fazer na beira do igarapé. As crianças ficaram encantadas e rapidamente correram para floresta e colheram frutos de cabaça secas para fazer a brincadeira. Não demorou, o terreiro estava cheio de criança gritando, dançando e tocando seus maracás. Os nativos mais jovens foram os primeiros a se aproximarem para ver o que estava acontecendo. A brincadeira estava tão divertida que eles não resistiram e começaram a dançar e cantar no ritmo dos maracás das crianças. Foi sem duvida um dos dias mais felizes na aldeia, e ficou marcado para sempre na memória de todos. No dia seguinte, logo cedo os nativos fizeram um encontro no centro da aldeia, agradecendo o espirito do igarapé pelo presente que enviara através do jovem, e em homenagem ao grande espirito das águas eles repetiram novamente a brincadeira, dançaram e cantaram até o anoitecer. E a parti daí, todos os dias eles reservavam uma hora para brincar com os maracás no terreiro da aldeia, e com o passar do tempo foram criando novos instrumentos, novas formas de cantar e dançar, Aos pouco a noticia da brincadeira com os maracás foi se espalhando pela floresta, passando a ser conhecida por outras aldeias, e não demorou, passou a fazer parte do cotidiano de todas as tribos do mundo. ”


Vamos abrir um parentese para analisar essa narrativa pelo prisma lendologico. Nela encontramos referencia ao igarapé, a água, ao mergulho. Esses são elementos típicos dos Uiaristas e Botoistas. Portanto, podemos dizer que essa narrativa é um argumentário Uiarista, quando olhamos pelo aspecto em que a água surgi como elemento cênico; o mergulho do nativo, e no sentido de que ela dá vida a algo, que narra um acontecimento primordial, no caso, a origem da música instrumental, do canto e da dança. Para os Uiaristas a água representa o começo de tudo, o começo da vida. E como voce pode ver, o texto narra a origem do lendário Maracazeiro; da musica instrumental; do canto e da dança. Isso é Uiarismo puro. Já o especto Botoista estar presente em toda transformação que se dá com o personagem principal depois que ele sai da água, e tudo o que ele proporciona aos membro da tribo com essa transformação. Ou seja, é encantado, e com seu encantamento encanta os outros. Estar evidente a mudança de realidade que ele propociona a sua tribo, a transformação social vivenciada pelos nativos com a introdução da música, do canto e da dança no cotidiano da aldeia. O aspecto sementista é evidente no sentido em que vemos as sementes possibilitando a produção do som, que é o fio condutor transformador, o provocador da excitação do jovem nativo o levando a repetir o ato que acidentamente produzira. E também podemos dizer que o sementismo se apresenta ai na sua forma classica, quando vemos germina de um único ser algo que dá frutos, que geram outras sementes semelhantes, que gera outros frutos identicos sem perde a sua essência primordial.

O MARACÁ é um livros sagrados, um herdado ancestral imemorial, com função iniciática, entre outras coisas, ajuda os iniciantes e compositores lendários desenvolverem e entenderem o que vem a ser o ser, a centralizarem-se dentro do contexto celeste em que vive. É com o maracá que os nativos alcançam a consciência conhecida como auto supremalizante; compreendem-se como imagem e semelhança do criador de todas as coisas palpáveis perceptíveis.

Obs. Na primeira parte desta série são expostos alguns detalhes dessa abordagem.

AO MOVER O MARACÁ, As sementes em atrito com a casca do fruto da cabaça, produz a matéria vibrante definida como SOM. Ou seja, do CAOS representado pelas diferentes sementes depositadas no interior da parte esférica do instrumento, tem origem uma energia harmônica audível. É assim que analogicamente através do maracá, o nativo vai acessando os conhecimentos e saberes que possibilitam a auto supremalização, partindo do principio que tudo que observamos e vivenciamos é o resultado de micro partículas vibrantes em choques, gerando infindas formas palpáveis vibrantes; o todo perceptível, assim vê esse todo existente como o som de um gigantesco e cósmico MARACÁ. Toda vez que o nativo lendologico faz vibrar ou vê alguem fazer vibrar um Maracá, ver ai manifestação simbólica do principio criador; a micro tradução do fenômeno que deu vida ao todo perceptível existente. Ou seja, a representação do DEUS criador das energias condensadas e vibrantes perceptíveis; o repetidor de um ato imemorial primordial criativo que está além da compreensão, da existência de passado, presente e futuro.

Os sementistas costumam dizer que “A terra é a cabaça, e as árvores são os sons das sementes contidas em seu interior”.

Dizem eles que: “Podemos nos ver bio-esteticamente diferentes, assim como são as diferentes sementes no interior do maracá. Mas assim como acontece com maracá, podemos nos movimentar juntos, e como as sementes produzir algo harmônico, uma musica planetária humana.”


O principio da incerteza quântica vagueia na duvida se tudo que percebemos é onda ou é partícula, ou onde acaba a onda? Onde começa a partícula? Com o maracá podemos chegar a conclusões que de alguma forma pode nos ajudar a compreender essa questão.
Dizem os estudiosos que quando captamos a onda, perdemos a partícula, e quando captamos a partícula perdemos a ondas, dai que vem o que eles chamam de incerteza quântica, ou seja, a impossibilidade de afirmar se tudo é onda ou é partícula, ou onde termina uma e começa a outra. Por exemplo: Olhando para o rio podemos ver um banzeiro de água em movimento, ou vê um porção de partícula de Hidrogênio e Oxigênio em movimento, ou seja, quando captamos o aspecto onda da água, perdemos de vista o aspecto partícula. E quando captamos o aspecto partícula, perdemos a onda.

* Na verdade os termos “partículas” e “ondas” referem-se a conceitos clássicos que não são inteiramente adequados para descrever fenômenos atômicos. Que pode apresentar aspectos de partícula em algumas situações e aspectos de onda em outras. As partículas podem ser ao mesmo tempo ondas. Mas não são ondas reais como ondas de água ou ondas sonoras. São “ondas de probabilidades”, quantidades matemáticas abstratas com todas as propriedades características de ondas.

Alguns lendologos de tendencia maracaista resolvem a complexidade dessa especulação utilizando como ponto de apoio o Maracá, da seguinte forma:

- O MARACAZEIRO; O MOVIMENTADOR DO MARACÁ. - O Feminino; o ser produtor; o que estar entre a onda e a partícula.

- O MARACÁ PARADO REPRESENTA, A PARTÍCULA – O Masculino.

- O SOM PRODUZIDO PELO MARACÁ, A ONDA – A criatura; O produto.



E nessa questão alguns sementistas costumam dizer que: “A semente é a partícula, e a arvore é a onda que finda na partícula (semente), e o quântico é o todo onde se dá esse fenômeno, no qual o nosso ser é parte essencial.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Realismo Lendológico - Parte IV (b)

Em toda parada do caminho o guia bate três vezes o cajado no chão, esse é um ato de consagração do solo, quer dizer que naquele lugar estar o principio, o meio e o fim de tudo. Nesta nova parada do caminho Recebemos um texto com o título em forma piramidal.


O
DO
GRITO
MAPINGUARIANO

O detalhe de como está estruturado o título deste texto é uma das formas que caracterizar uma autentica composição lendária. Neste especificamente, o lendologo estar demonstrando sua capacidade de envolver tudo que está ligado ao objeto da sua personificação. No caso, a forma piramidal está associado a idéia de onda crescente; de um grito que surgi e vai se amplificando; se diversificando, e ao mesmo tempo ficando contido nas variações que teem origem nele. A letra “O” representa o grito primordial mapinguariano em si. É por força desse perfeccionismo estrutural que um lendologo eterniza seu lendário, o tornam brilhante, único, incomparável, e passa a ser tido como autentica composição lendológica, ganhando autonomia, se desvencilha de seu autor ou autores, passa a caminhar com as próprias pernas, a ser uma especie de criatura viva. Um dos grandes objetivos de todos lendologos é ver seu lendário; sua composição lendária alcançar esse estágio; é conseguir dar o toque final numa narrativa, o famoso toque de ouro que dar autonomia definitiva a um lendário, o transformando em mais uma jóia do monumental e iluminado templo dos lendários de ouro .
Obs. Templo também conhecido como grande Lendário El Dourado.


“O do Grito Mapinguariano” é um abordagem do grito do jovem líder na grota do espelho d'água, isola esse instante lendológico e o amplifica em sentido e significados que vão além do grito propriamente dito. Vamos ver alguns fragmentos restaurados desse lendário para que voce entenda um pouco de como isso se dar:


Na escuridão todas as coisas são iguais, quando a luz se manifestar, podemos ver o contorno das coisas que estavam ocultas pelo o véu da escuridão; as variedades de formas e texturas cromáticas que não eram alcançadas pela bio-visão. A parti daí podemos fazer uma relação entre o ser humano, a luz e sombra. Traçar um entendimento simbólico e significativo de algumas coisas importantes que estão relacionadas a compreensão do nosso ser. Nesse caso, entre as relações que podemos fazer entre o ser e a iluminação, temos o seguinte:

“Quando estamos calados, somos todos iguais, somos só seres humanos. Quando falamos, nos diferenciamos, mostramos aos externos os nossos contornos sentimentais emotivos internos; nossa personalidade; o nosso caráter; as nossas particularidades conscienciais internas. Nesse aspecto a voz estar relacionada a idéia da luz que surge invadindo a escuridão. Ou seja, ela revelar os nossos contornos individuais internos ao exterior, mostra um pouco do que somos, do que nos diferencia dos outros, do que estava oculto com a ausência da voz. Portanto quando falamos nos iluminamos, acendemos a luz do nosso mundo interno ao externo ”.



O

DO

GRITO

MAPINGUARIANO


O grito do ser Mapinguary na grota do espelho d’gua narrado no lendário Ser Mapinguary, simbolicamente representa a reação característica da consciência do nativo que desperta para uma realidade meio ambiental cultural distorcida em que vive.
O local onde é dado o simbólico primeiro grito, ganha diferentes contornos e detalhes ambientais, que traduz o momento lendologico escolhido para ser vivenciado pelo LENDOLOGO personificador.

Um dos fragmentos lendário restaurado que expõem detalhamentos desse ambiente, diz o seguinte:

“Na grota úmida do espelho d’gua, reina o silencio natural. Os anciões usam como meio de comunicação, pequenos gestos vibrantes simbólicos significativos, definidos como: gestuais telepáticos, extra-sensoriais e etc. Devido a hipersensibilidade do todo contextual cósmico espacial atemporal lendologico em que a grota está inserida, a sonoridade vocal raramente é usada no ambiente.”

No movimento Lendacreano do inicio do “novo século” que orienta-se pelos seres lendários na era das águas na restauração do grande lendário terrestre, é muito comum a citação desta localidade, que é pesquisadas e estudada com os zelos dos princípios que orientam principalmente os personificadores mapinguarianos. Quanto as referencias a esse espaço simbólico lendologico nativo temos uma que diz o seguinte:

“Interferir na harmonia do lugar, significa interferir de alguma forma na harmonia cultural dos aldeados, e conseqüentemente na rotina da comunidade.”

Também existem trechos que traduzem pontos de vistas que podem serem classificados como testemunhais do imemorial e significativo grito do ser mapinguari dentro da grota, vejamos :

“...O grito do jovem líder no espelho d’água, provocou um imenso clarão, que aos pouco foi se desfazendo em pontos brilhantes e seguindo em todas as direções celestes da grota. Veio a escuridão, e com ela, um frio que congelou tudo que foi alcançado pelas vibrações sonoras.”

Temos também restaurações de trechos classificados como de notificações mapinguariana, que nos informam que uma grande maioria dos jovens anciões lendários que estavam na grota no momento do grito lendário, conseguiram escapar do grande congelamento primordial mapinguariano por estarem mergulhados nas águas mornas do espelho sagrado, seguindo as orientações estruturais ancestrais contidas nos sábios herdados tribais preservados lendológico que orientam os exercícios contemplativos das aquáticas personificações lendárias. Vejamos trechos dessas notificações:

“ No instante em que o grito se deu, por curiosidade alguns saíram com metade do corpo para fora das águas, outros que estavam com a metade do corpo fora da água mergulharam rapidamente para se protegerem das vibrações congelantes, mas ambos tiveram as partes inferiores e superiores de suas corporificações lendarianas alcançadas pelas vibrações, ficando assim com uma parte corpo humano e a outra parte ser lendário personificado, dando origem a uma infinidade de novas estruturas lendologicas ”.

Exitem fragmentos que se referem a esse momento dizendo que:

“Alguns jovens anciões conseguiram salva os pequenos olhos d’água da fabulosa jóia nativa do lendário reino das águas, graças a esses pequenos olhos d'água, conseguiram sobreviver com suas cavernas e transitar na dimensão congelada depois de passada as vibrações congelantes e os resultados de sua manifestação...”

“...A gotícula primordial do rio lendário ficou congelada na parte superior da grota, e quando vier o descongelamento, o rio lendário de água viva voltara a correr com os conhecimentos e os saberes lendológicos de todas as eras, de todas as tribos... O vento que passa pela gota congelada, traduz de forma limitada as vibrações do antes congelamento e intermediá a troca de conhecimentos entre os nativos... ”

“ O descongelamento da gota primordial do rio lendário, tem inicio com as vibrações dos ventos comunicantes.”



Graças a gotícula salva pelo seres lendários no estágios aquáticos, as narrativas lendológicas voltaram nos precisos instantes sagrados eternos sequenciados, ativando o pensar do imaginante no estágio libertário e compreensível dentro do contexto psico-racionalista em que naufragou o pensar nativo libertário florestano lendário, no pós-congelamento.”

Muitos mapinguaristas afirmam, que o grito do ser mapinguari nativo florestal, é o que mais tarde veio a ser traduzido como “verbo” iniciador primordial das bio-formas genéticas e minerais vibratômicas, perceptíveis e imperceptíveis bio-visualmentes.

Alguns lendologos traduzem o grito como a demarcação do instante em que o ser imaginante se egocentraliza e influencia o seu redor; quando ele toma consciência do poder de reagir as influencias do universo externo que vivencia e com o qual interage.

“No silêncio, de alguma forma nos igualamos ”.

A explosão de luz que fragmentou-se em pontos brilhantes dentro da grota, trazendo em seguida a escuridão, é um argumento bastante utilizado pelos mapinguaristas, nas defesas das origens ligadas ao Mapinguarismo.

O silêncio presente na narrativa, entre outras coisas, representa simbolicamente os seres da aldeia em estado contemplativo interno de aprendizado e comunicação, período em que utilizam ações gestuais e musicais como meio de comunicação interativo tribal.
A chegada da escuridão dentro da grota muitas vezes pode ser traduzida como o arrependimento, o reconhecimento da ignorância, que faz parte do percurso, e da rotina da aldeia, presente nas entrelinhas do fragmento lendário O SER MAPINGUARY, mais precisamente no intervalo em que se dá os exercícios interativo do jovem líder com os aventureiros, criando ai um vasto campo de reflexão, um novo universo de interpretações, relacionadas as possibilidades reais de interpretações do que o nativo vivencia, e que se dá no instante que não é nem passado, nem presente e pode ser ou não o futuro. Ou seja, estar dentro do plano lendológico das revelações do fantástico, do maravilhoso, do extraordinário e etc.

“O silencio e a escuridão tem aspectos manifestativos semelhantes. Na escuridão olhando do plano bio-visual, todo o que existe é a escuridão. No silêncio da verbalização oral, olhando do plano bio-auditivo, podemos afirma que somos todos iguais estando num mesmo ambiente contextual. Ou seja, somos só seres humano quando silenciamos nossa consciência, nossas psico-realidades interiores, para o ambiente externo.”

“Quando reagimos ou expomos verbalmente o que pensamos, nos diferenciamos dos outros; expomos nossos contornos intelectuais individuais; destacamos-nos como individualidade; particularizamo-nos; tornamos visíveis os nossos contrastes sentimentais e emotivadores. Assim como a luz ao invadir a escuridão, revela detalhes e formas que ainda não eram bio-visualmente perceptíveis, assim somos nos quando falamos. Somos reveladores, temos o nosso momento de Deus. É na oratória, que os nossos aspectos singulares complementares de caráter e personalidade, condicionados historicamente, se destacam comunitariamente”.

O som, assim como a luz que invade a escuridão da grota úmida no instante do grito, acentuando e também transformando pormenores existentes no local, os detalhamentos que só assim podem serem vistos e identificados. Essa é a essência do manifestante lendológico, e que arrazoa a existência de máximas mapinguaristas, como essa que diz:

“A palavra (o som, o verbo) é a luz do silêncio.” Ou “O silêncio é o contexto cósmico passivo que dá a possibilidade da palavra existir, e vice e versa.”

“Ao vibrarmos, nos tornamos perceptíveis ao externo; nos fazemos luz ao exterior.”


Dentro dos textos Mapinguarianos encontramos decodificações nomenclaturais que merecem destaques. São decodificações que seguem um padrão de associação de significados grafosimbolicos aparentemente isolados que vão se complementando. Abordagem que é tipica dos Sementistas. Vejamos um dos exemplo de como isso se dar através da tradução desses elementos grafosimbolico isolados:

“A letra ‘M’ a primeira letra do nome Mapinguari. O “M” simboliza a onda no universo esotérico; o vibracional manifesto gráfico-simbolicamente representado, comumente esse aspecto é traduzido na sua forma geométrica minuscula “m”, assim ela representa o vibrante que torna-se palpável, contactável e ao mesmo tempo imperceptível bio-visualmente. Ai estar uma característica que torna a letra “m” similar aos Seres Mito Lendários Nativos Florestais Acreanos: Mãe das Água, Bôto, Mapinguary, Curupira e etc. Que sem a vibração verbal que os noticie, são apenas elementos latente vibrante adormecido na memória, a verbalização é o que proporciona suas manifestações oníricas desses elementos. Elementos que mesmo com essa intangibilidade não deixam de ser sólidos, estruturais cultural resistente.
Com a verbalização do fonema Mapinguari, condensamos a principio, o intuitivo ancestral formal compressivo que está embutido nele, essa compreensão, esse entendimento é representado simbolicamente pela letra “M”. Pois o ser lendário se manifesta, transita e sobrevive personificado, através das narrativas rurais e urbanas dos nossos nativos. É através da vibração do boca a boca, dos contadores de histórias da floresta. É através da atividade sonora vocal cultural florestana da contação de história que os mitos lendários ganham vida. E esse entendimento a outro ponto dentro do contexto lendológico, em que “ganhar vida”, esta associada ao ser liquido, água, bem como também a própria letra “M” que inicia palavras como; Mãe, Mar e etc.
A letra “A” que inicia a palavra Água, é a primeira representação geométrica do conjunto de símbolos geométricos sonoros conhecido como alfabeto, símbolos utilizados para traduzir as sonoridades verbais, graficamente. A letra “A” é o que possibilita a primeira silaba do nome ‘MA’PINGUARI.

A Água, no seu aspecto visível transparente color e incolor, é uma parente próxima da vibração etérea onírica formal que estrutura os seres lendários, a essência onde eles se condensam vibrantemente. Passando a ser os oníricos imortais atemporal extra-sensórios que conhecemos. O etéreo é veiculo que os trazem a luz da consciência do ser imaginante criativo e ilimitado que somos.
Para a maioria dos mapinguaristas o “A” no seu aspecto geométrico, representa o primeiro degrau da torre das sustentações fonéticas lingüísticas humanas congeladas. O “A” representa o primeiro degrau de uma escada que segue em direção ao infinito. Nele também podemos ver um triângulo suspenso por duas colunas, e a parti dai uma gama de outros significados .
A palavra “ARTE” começa com “A” neste caso ela está associada a capacidade criativa, ao ser criador, o imaginante criante que se externa sem um limite preestabelecido, transgressor por natureza.

Os mapinguaristas costuma dizer que:

“Somos imaginantes, e não racionalizantes”.

"Todo ser com acentuada atividade criativa tem mais disponibilidade de material subliminar dentro do campo externo perceptível. Torna os objetos em acontecimentos artísticos, os isolando dos acontecimentos da vida , das rotineiras associações nas quais rotineiramente se apresentam a maioria das pessoas. O termo Lendológia surgi nesse processo, tem a sua origem no ser artístico. "

A letra “m” minúscula, desde a antiguidade é tida como símbolo das ondulações na superfície da água, por isso é usada como representação simbólica oficial do signo do zodíaco AQUÁRIO. A silaba “MA” no inicio da palavra MAPINGUARI, dar ao ser lendário Mapinguary o status de ser lendário da era das águas doces das florestas. Não é por acaso que o ser mapinguari é uma das grandes vedetes da linguagem cósmica dialética lendária nativa florestal, dentro do velho e sempre novo tempo lendário lendológico.

O “M.A.” nesse contexto da era das águas, é traduzido como as letras iniciais de “Milênio das Águas” ; “Movimento das Águas” ; “ Milênio de Aquário” e etc.

No lendarismo a letra ‘M’ também simboliza a onda; toda vibração que torna possível a percepção de algo inalcançável bio-visualmente. Portanto, é a chave de acesso, compreensão e apreensão da Realidade Lendológica.
O Mapinguari assim como todos seres mito lendários, depende da verbalização, da sonoridade oral para se fazer perceptível oniricamente. Isso faz com que o expositor, o compositor lendário se assemelhe a um deus onipotente manifesto, que dar vida a ele através da oralidade, e o acompanha, quando narra suas ações.

A letra “P” de PINGUARY, também é a primeira letra da Palavra, do Principio que é gerado pelo “MA”, o Palpável a parti dele. É a consciência de algo e a ‘P’ercepção, disto na prática. É a parti do movimento da águas, que nos dá vida, que chegamos a esse Principio, ao Ponto iniciador. Os Uiaristas é o “P” de Pingo d’água. Eles costuma dizer que Um Igarapé; um rio; um dilúvio, começa com um pingo d’água. O pingo d'gua é simbolo oficial da Lendológia.


“Quem mora no fundo da água, a ultima coisa que vai descobrir é que existe água.”

O “P” representa a Percepção, que está ligada a apreensão do invisível vibrante de alguma forma, que simbolicamente é representado pelo “m” minúsculo, e nocaso da palavra Mapinguary o elemento físico palpável que o complementa como silaba, que é a letra “A” de Água. E o espírito do entendimento do imaginante, flutuando sobre as águas, extraindo daí as reflexões que vão dá inicio toda uma criação; a origem da novas vidas na terra por intermédio dele. Esse pensamento do ser flutuando sobre as águas, no principio mapinguariano, está relacionado ao primordial grito do ser mapinguary, e tem uma acentuada contribuição dos personificadores Uiaristas.
Acho que é interessante citar aqui uma afirmação bastante polêmica dos Uiaristas que diz respeito a parte que chamamos de crosta terrestre e que está relacionada a lenda do globo de água dos Atlantas Botoistas, em que essa idéia de criação do mundo transparece nas entre linhas de alguma forma, vejamos:

“A crosta terrestre é o grande meteoro que se chocou com o nosso globo líquido, e precisa ser extraído para que as vibrações harmônicas do nosso imensurável compreender volte a se estabilizar e nos harmonizar como grupo planetário pacifico”.


O “P” de PINGO seguindo da palavra ARY. A palavra ARY tem origem hebraica, e significa o mesmo que o rei das selvas, o que faz com que dentro desta abordagem lendológica, estes fragmentos silábicos sejam traduzidos, como o pingo d’água do movimento do império das águas doces na floresta, “o pingo d’gua rei das selvas.” essa parte do fonema tem variações na sua escrita, como por exemplo, PIN'AGUARY, PINGOARY e etc. Cada uma delas tem uma razão de ser especifica.

*Não é por acaso que um PINGO D’ÁGUA seja o símbolo oficial de LENDOLÓGIA. O pingo é uma das muitas chaves de acesso e introdução ao pensamento nativo florestal dialético compreensivo universal lendológico. (...)

A letra “I” esta ligada a palavra ‘i’ara, a Mãe das Águas. Ou seja, aquela que deu origem a água, e que portanto, tornou possível a vida em nosso planeta. E nesse aspecto o “I” está relacionado ao instante em que o ser busca resposta do porque da vida; de quais os propósitos da existência; qual a razão das coisas serem da forma como se apresentam, suas reflexões buscando o compreender o Inicio de tudo. A palavra Mapinguary também pode ser escrito com “Y”, nesse está ligado a uma outra variedade de significados, principalmente aos relacionados aos lendários festeiros das águas da região amazônica. Podemos encontra-lo no caminho grafosimbolico do aperiódico Ouryçom “O rito tribal florestano” do qual vem as variações festivas como a LENDA POP FESTA que acontece no final dessa caminhada.
E é bom acrescentar que no contexto Mapinguariano existe as traduções simbólicas lendárias para os elementos que compoem o nome Mapinguary. Entre elas temos os famosos acrósticos. Que revelam uma outra realidade embutida nas variadas forma de escrever a palavra MAPINGUARY, MAPINGOARY, MAPINGUARI E ETC. Que estão em sintonia com o todo lendlógico.

* Na próxima parada vamos encontrar a Lenda Pop Festa.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

REALISMO LENDOLÓGICO - Parte I

“...Por isso podemos dizer que existem diversas realidades, bem como diversas formas de vê e interagir com elas – Disse seu Pêdo Mensageiro - Tá vendo esse riacho correndo, ai!?... Todo dia minha filha Lua vem buscar água para fazer as coisas em casa. E o indio Araiu todo dia vem aqui pescar uns peixes para comer. As crianças todos os dias tomam banho e se divertem nas águas corrente. Mas como pode ver, o rio é só uma poção de água passando... mas para minha filha, o rio é muito mais que poção de água, ela vê o rio como um amigo, que ajuda ela a passa pano na casa, a lavar a louça, a cozinhar a comida e etc. Para indio Araiu, o rio é um prato de comida, é daqui que ele tira seu alimento diário, e por isso vai fazer tudo para que ele continue sempre limpo para que tenha sempre peixes. E para crianças o rio é um parque de diversão onde todo dia elas se divertem. Mas veja que o rio é só um monte de água correndo, mas para cada um desses personagens o rio tem um significado diferente, e conforme esse significado, assim eles se relacionam com o rio.
Nos seres humanos, somos um grande rio, que tem sua origem numa fonte pura e cristalina, mas no nosso percurso vamos sendo poluídos, com conceito, preconceitos, normas, leis, certo e errado, bem e mal e etc. etc... E Diariamente somos tirados para fora desse rio e passamos a dá significados para as gotinhas que o compõe, dizendo: Aquele é doutor, aquele outro é advogado, a outra é professora, o outro é governador, outra é prefeito, a outra é juiz, e por ai vai. Quando na verdade, não existe nada disso, tudo são frutos da nossa fértil imaginação, são signos, realidades, valores psicológicos que acreditamos serem algo concreto, e conforme nossas crenças nessas ilusões, assim nos relacionamos com elas, com esses símbolos, esses signos personificados, corporificados. Quando na verdade nada disso existe. Acredite! Somos só seres humanos, com uma ainda atrofiada e inexplorada capacidade infinita de criar, interagir e até transformar essas quimeras, em outras quimeras melhores. Mas para isso precisamos despoluir o rio, pois água poluída, é água morta, temos que jorrar como água viva”.



“Quando uma idéia cristaliza-se, entra em ação uma força transformadora maior que milhões de armas nucleares; milhões de exércitos; maior que toda riqueza do mundo, é Deus manifesto. Idéias aparentemente singelas, ao serem disseminada pelo boca-boca já demoliram impérios, transformaram nações. O lendário cristão é um bom exemplo disso, apenas um homem com doze companheiros é capaz de gerar uma revolução que dividi a história da humanidade em antes e depois dele”.

Ao chega na Colônia Cósmica (1). O jovem Aventureiro é conduzido até a casa de Otob, a jovem Lua entrega para ele os manuscritos de seu Pêdo Mensageiro com as informações sobre a era das águas doces da floresta. De posse dos manuscritos, o jovem segue para a cabana de hospedes, deixa a mochila num canto, arma a rede para descansar, e dar inicio a leitura:

“Aventureiro, como prometi aqui estão algumas considerações sobre o que defino como era das águas doces das florestas. Vou começar com uma pequena síntese de elementos simbólicos significativos que fazem parte da contextualização dessa nossa antiga e sempre nova realidade.
Acho que voce já está preparado para ler alguns ensaios de lendologia. O termo pode parecer estranho, mas no decorrer da leitura voce vai entender melhor o que isso quer dizer. Vamos começar com algumas informações que considero fundamentais para que familiarize com a forma de abordagem que fazemos dentro do contexto em que vamos caminhar. Vou começar com um exemplo simples de organização de elementos lendários e seus significados que ajudam a desenvolver reflexões internas e que mais tarde podem serem amplificadas:

1 - A MÃE DAS ÁGUAS
2 - A COBRA GRANDE
3 - O MARACÁ
4 - O BOTO
5 - O BEIJA-FLOR
6 - A ABELHA

1 – Mãe das águas - É o ser que gerou o elemento água, o elemento responsável pelo surgimento e a manutenção da biodiversidade em nosso planeta. A existência humana depende dela. A era de aquário, ou era das águas tal como entendemos, não seria possível sem a existência da água. Por isso a mãe das águas aparece como o primeiro elemento da lista, é ela quem torna possível a era das águas.

2 – Cobra Grande - Desde os tempos mais remotos, a grande serpente simbolicamente representa a energia no seu estágio etéreo vibrante, ondulante. Tudo que temos consciência ou o que percebemos estar além do alcance da nossa bio-visão, nos chega através dela. Assim como o som da voz, as sonoridades que vão surgindo com as traduções desses símbolos alfabéticos que você esta lendo e ouvindo agora. Portanto, é a serpente que torna possível a comunicação, é quem intermediá as mensagens entre os comunicantes. Sem ela não existiria informação, mensagem, enfim, a comunicação. É graças a ela que recebemos todas as informações que temos durante a nossa existência. Existência que só existe graças à existência da água. Por isso a mãe das águas vem em primeiro lugar e em segundo a Cobra Grande. A crosta terrestre e toda abóboda celeste é a nossa grande imemorial serpente em ação, nos atraindo, se revelando e no sem tempo-espaço nos devorando. Somos os sistematizadores, os decodificadores autônomos ou orientados, de todas informações que ela nos traz.

“Sabemos o que sabemos graças o encanto da Cobra Grande ”.

3 – Maracá ou chocalho – É um instrumento indígena utilizado pelos pajés nos ritos tribais de limpeza espiritual e cura. Além dessa função, o maracá é um livro nativo florestano ancestral que vem para auxilia no desperta do imaginante no período de transição das relações sociais humanas, o que se dá no período da era das águas. É um livro que pode ser lido de diversas formas. O imaginante nativo com o maracá na mão consegue compreende, e de alguma forma se sentir um Deus, entendendo de alguma forma o principio criador dos universos vibrantes perceptíveis e imperceptíveis biovisualmente. Para que entenda melhor o que estou querendo dizer basta entender que um livro é tudo aquilo onde podemos ler alguma coisa. Existem diversas forma de se fazer uma leitura. Vou abrir um parentese para fazer uma breve exposição dos elementos que compõe um autentico Maracá indígena nativo amazônico e seus significados, para voce entender um pouco do que estou falando:

a) A parte de cima do Maracá é esférica. O esférico simboliza a eternidade; o sem principio, nem meio, nem fim; um todo existente e inexistente em si mesmo.

b) Dentro dessa parte esférica são colocadas as mais variadas sementes. Essas sementes ai paradas representam o caos dentro do contexto eterno, representado pelo esférico da cabaça. Olhando de um certo ponto de vista estético, podemos dizer que temos um conjuntos de elementos aparentemente desarmônico no interior desse espaço esférico.

c) Quando movimentamos o maracá, essas diferentes sementes em atrito com casca do fruto da cabaça produz uma sonoridade, uma harmonia, a qual identificamos como som. Ou seja, do caos sai a harmonia. Portanto temos ai elementos para fazer um paralelo e ver o maracá como a representação do que o cientificismo classifica como partícula representado pelo instrumento palpavel, e o som que ele produz como sendo a representação do que definem como onda.
Se tudo o que biovisualmente captamos, são condensações palpáveis e perceptíveis vibrantes, podemos dizer que quem segurar um maracá e o faz vibrar, torna-se a representação simbólica do principio que gerou esse todo perceptível energético vibrante (Vibratômico) que vivenciamos, portanto é uma representação simbólica do Deus criador miniaturizado. Écaminhando por esse caminho que o nativo começa a ter acesso a consciência de que ele é uma individualidade, com o poder de intervir; articular; transformar e de possibilitar que o possível e o aparentemente impossível aconteçam.

Essa consciência adquirida pelo ser contemplando o maracá é uma das chaves para trazer pra realidade o que queremos para nosso planeta, como a paz, o amor e a harmonia entre os seres, a felicidade, o conforto, enfim, tudo o que é preciso para que a terra seja um lugar de reposição de energia, de elevação espiritual, sem necessidade de conflitos desnecessários, uma grande familia. O que se dá através da consciência do ser Deus onipotente, benevolente, particularizado.

* Os termos “partículas” e “ondas” referem-se a conceitos clássicos que não são inteiramente adequados para descrever fenômenos atômicos. Que pode apresentar aspectos de partícula em algumas situações e aspectos de onda em outras. As partículas podem ser ao mesmo tempo ondas. Mas não são ondas reais como ondas de água ou ondas sonoras. São “ondas de probabilidades”, quantidades matemáticas abstratas com todas as propriedades características de ondas.

Dentro dos profetismos terrestre temos previsto a chegada do período conhecido como era das águas ou era de aquário, como queira. O período em a água passa a ser o centro das atenções da humanidade. Em que o ser humano através de uma contemplação mais apurada da água passa a absorver e extrair dela ensinamentos sutis que estão relacionados ao ser humano e sua interatividade com o meio, possibilitando que tire a era das águas do plano utópico para o plano que equivocadamente se defini intelectualmente como realidade palpável.

4 – Boto* - É o mensageiro oficial da era das águas, é o peixe encantado que se transforma em gente. Ele melhor do que ninguém, conhece o universo líquido, e pode falar da água com conhecimento de causa; pode dá informações precisas sobre essa realidade liquida.
O Boto como sabemos, tem a capacidade de mudar de realidade sem perde a essência, por isso é o ser preparado para vivenciar e orientar o ser humano dentro da era das águas, ajudar a humanidade na fase de transição, pois sabendo lidar com realidades diferentes o capacita comandar a grande revolução sócio psico-ambiental de forma tranqüila, sem conflitos psico-existenciais. Por essa e outras o Boto é o senhor da era das águas, pois está acostumado a lidar com as mudanças radicais de realidades, ultrapassar paradigmas sociais humanos sem problemas. No contexto lendológico os seres Botos mensageiros da era das águas se revela no leito do Rio Branco, ( Rio Branco-Ac) também conhecido “a aldeia dos Atlantas amazônicos”, “o lendário continente perdido das águas doces da floresta”.

Obs. Voce vai encontrar mais detalhes sobre o lendário Rio Branco um pouco mais na frente, no Lendário B.

5 – Beija-flor - É o elemento natural imemorial pre-estruturado para ser utilizado como instrumento de condicionamento dos seres humanos, visando a absorção do estado de espírito irmanante da nova era. O Beija-flor é o elemento que o ser boto utiliza para encantar os nativos e de forma simples faze-los psico-transcender a condição de seres humanos conflitantes, passando a condição de mensageiros alados, de jardineiros do grande jardim do novo mundo, através de um ritual de encantamento muito simples.

Obs. O exemplo de uma das formas de como o boto utiliza esse elemento, voce vai encontrar na LENDA DO REINO DOS BEIJA FLORES, que é um capitulo a parte dos manuscritos lendologicos restaurados.

6 – Abelha – Representa o ser humano já agindo dentro do contexto profético encantado definido como era das águas. É o ser na terra transformada em um imenso jardim de beija-flores e flores humanas, se comportando como uma abelha campineira que adquiri experiência no interior da colméia, e sai no período de floração para colher o pólen com o qual produzirá o mel. Abelha é o novo ser humano que absorve as melhores atitudes, colhe as melhores idéias e as transforma em algo doce, em mel em forma de livros, quadros, músicas, poemas, de histórias e etc.

Esses 6 elementos já abrem um caminho, facilitam a continuação de exposição dos argumentos que compõem esse manuscrito.

Vamos então ao lendário B com informações complementares que ajudaram entender melhor essa era das águas dentro desse contexto florestal amazônico. Mas é bom que saiba que em lendologia “Tudo é questionável”, a única coisa inqüestionável mesmo, é a capacidade e o direito primordial intransferível que voce tem, e todos nos temos de a tudo puder questionar.

" A gente é bicho do mato, mas tem lendologia e um quintal que não tem tamanho, cheio de fartura."







O LENDÁRIO
B
“A ERA DAS ÁGUAS DOCES”

Com a chegada do ano 2000, tem inicio a fase de transição de contagem do novo milênio. A preservação, recuperação e a manutenção dos nossos mananciais aqüíferos está na ordem do dia, é o sinal de que a era das águas ou era de AQUÁRIO chegou. A água passa a ser o centro das discussões no planeta. Portanto, é o sinal de que entramos no período das grandes transformações sociais que vão estar sob o comando dos Atlantas do continente perdido das águas doce; os lendários humanos-peixes, os BÔTOS do Rio Branco.

Existem símbolos e sinais significativos deixados pelos nossos imemoriais ancestrais, esperando o momento certo de serem decifrados. A maioria das decodificações desses sinais só são possíveis quando utilizamos os recursos da linguagem lendologica. Vamos a uma pequena serie de perguntas e respostas que abordam, decodificam e mostram um pouco esse contexto de acesso a “realidade” da lendária da era das águas :

1) Onde tem inicio o movimento social revolucionário do milênio das águas?

“Na cidade de RIO BRANCO, a eterna capital do antigo e sempre novo mundo, localizada no meio do continente amazônico, no território do estado do Acre-Brasil”.

2) Como podemos comprovar que Rio Branco é a capital do nosso antigo e sempre novo mundo?

“ Rio Branco é o rio cósmico imemorial onde se encontram os lendários nativos imaginantes libertários da floresta, os lendários humanos peixes Botos, os imemoriais mensageiros das águas.”

* Usando a metodologia de abordagem decodificativa lendológica, no contexto florestano conhecido como lendacreano, temos acesso a detalhes que possibilitam esta afirmação.

3) O que é linguagem lendológica decodificativa?

“É uma linguagem ancestral dos habitantes floresta, em que os seres mitos lendários populares são arquivos, fontes de conhecimentos e saberes universais estruturados”.

Olhando pelo prisma racionalista, podemos dizer que a linguagem lendologica pode ser comparada ao que os místicos, esotéricos e etc. Definem ou compreendem como terceira visão. Ela nos permite o acesso a outras realidades de "infinitas" possibilidades onde o ser pode assumi a sua essência aventureira inter-dimensional sem fronteiras, transita pelo remoto, pelo impensado, pelo ausente presente, pelo obscuro, pelo aparentemente insondável. Ou seja, voltar a respirar com a intransferível liberdade individual-coletiva, saindo da paralisia congelante do racionalismo lógico, adentrando o plano do imaginar imensuravelmente. É o ser criante livre, sem as rédeas das doutrinas ideológicas formatadoras de dominadores e dominados. É o antigo e sempre novo modo de lidar com as ilusórias noções geradas pelo intelecto humano, é o desprendimento das noções de espaço-tempo, das lógicas, das casualidades, das psico-realidades, dos psico-significados, dos psico-valores estabelecidos e etc. É uma volta a um estágio mais humano, é um reencontro com elo perdido entre o visível e invisível, nela realidade e imaginação funde-se numa coisa só, trazendo de volta os nossos antigos e sempre novos paradigmas interativos atemporios sociais harmonizantes; os nossos confraternos compromissos anti-conflitantes administradores da nossa eterna e sempre gloriosa comunidade cósmica nativa florestana”.

*Também podemos dizer que Os Seres Mitos Lendários são diferentes patamares ou estruturas da realidade.

4)E o que é lendologia?

Para responder está pergunta, selecionamos três respostas de alguns lendologos conhecidos.

a) R - “podemos dizer que lendologia significa o estudo, a essência, a razão e o por que das lendas e dos seres mitos lendários existirem”

b) R - “ Se eu pará para explicar o que é lendologia, deixou de ser lendologo. Suas preocupações fazem parte das nossas lendas particulares. Imagine!!”

c) R - "O lendologismo no seu aspecto mais puro, não vem confrontar os ideólogos tribais harmônicos ou conflitantes. E nem por abaixo os nobres preceitos sociais ou anti-sociais, pois tem os seus próprios com os quais se ocupa."

No retorno das narrativas lendárias, a principio elas foram usadas como instrumentos experimentais intelectuais, visando o despertar da nossa consciência para a capacidade que temos de desenvolver pensamentos ditos lógicos sem precisar sacrificar o nosso instinto primordial de imaginar imensuravelmente; fantasiosamente; prazerosamente.

5) Quais sinais podem nos dão a certeza que Rio Branco é berço da civilização da era das águas?

Vamos começar pelo nome da cidade:

a ) RIO BRANCO - Se é RIO tem água, e se é BRANCO, é de paz; harmonia; limpeza; fusão de todas as cores e etc.

b) A espécie dominante nos rios são os peixes. Olhando pelo prisma do imaginante lendológico, os humanos que transitam no RIO BRANCO são humanos e peixes ao mesmo tempo. São os BÔTOS do RIO BRANCO.

c ) Observe que as palavras BRANCO e BÔTO, começam com a letra "B". A Letra “B” dentro lendogismo é um autentico elemento simbólico significativo, ou seja, nos proporciona o acesso a realidades e acontecimentos cósmico que fazem parte da história da nossa imemorial civilidade. O “B” é uma das muitas chaves deixadas por nossa sábia civilização extra-sensório corporizada, que nos dá acesso a imperecível e imemorial psico estrutura administrativa organizacional da qual fazemos parte. É através desses sinais que chegamos aos princípios apaziguadores de relacionamentos que aprimoramos através das eras, que acessamos os nossos nobres saberes ancestrais governantes, numa especie de abordagem que alguns definem como alquímistica. O “B” pode nos levar a um estagio espiritual de entendimento classificado como estagio de captação de revelações divinas, desabrocha o poder individual que temos e com o qual podemos tornar tudo possível, nos leva a sobrevoar a orbe terrestre numa espécie de estado de sonho acordado em que podemos alcançar num só instante passado, presente e futuro.

6) Como podemos ter acesso e a compreensão dessa realidade classificada como lendológica através do “B” ?

“Dentro do lendologismo, o Rio Branco é um lugar cercado de verde por todos os lados, por isso é conhecido pelos lendologos como a imemorial ilha do imaginante libertário amazônico, o lugar onde se encontram os nobres cavalheiro da antiga e sempre nova ordem, os pacificadores humanizados encarregado de fazerem o retorno da humanidade a sua essência harmônica primordial sócio-comunitária. De tempo em tempo o Rio Branco é afundado pelo intelecto humano para que o imaginante livre possa experienciar e concluir novas aventuras intelectuais na dimensão do imaginante nativo lendário corporificado, humanizado.

a ) Rio Branco é a capital do estado do Acre, cuja a demarcação territorial tem o formato de letra “B”. Esse “B” é a primeira visão amplificada do “B” sinalizador lendológico global estruturado pelo nosso imemorial ancestral coletivo, e que pode ser contactado e entendido como tal quando ultrapassamos os limites da bio-visualidade e das psico realidades humana, indo além das ilusórias compreensões perceptivas as quais fomos condicionadas acreditar pela força do aprisionamento do saber sistematizado, metódico, institucionalizado aos quais nos deixamos submeter”.

Olhando o mapa do Acre voce pode constata o formato de letra “B”, só que o “B” ainda não se apresenta na forma como estamos costumamos vê-lo exposto no alfabeto. Para que a Letra "B" fique na posição que é oficialmente conhecemos, ou seja, uma reta vertical e dois pequenos relevos do lado direito, o planeta terra, tal como se apresenta na nossa pisco-compreensão espacial, ou nos desenhos oficiais do mapa mundi, tem que ser visto virado, ou de cabeça para baixo.

Obs. Dentro do contexto lendológico, esse fato já aconteceu, vai acontecer e está acontecendo, tudo se dá no instante em que adentramos, compreendemos e vivenciamos isso. Existem um fragmento dos personificadores Botoistas que registra isso, vejamos:

“E junto com o planeta foram todas as concepções intelectuais humanas. Pois assim é, foi, e sempre será”.

Antes de nos aprofundar nas concepções lendológicas extensivas dos fragmentos lendários como o exposto acima, é bom abrir um parêntese para informa que dentro do lendologismo existem as Variações como Botoismo, Uiarismo, Serpentismo e etc. e Tendencias como Maracaismo, Camalionismo e etc. Que formam o todo lendológico, onde prevalece sempre o imaginar ininterrupto, nada fica sem resposta ou contraposição dentro do lendologismo. Por exemplo, quanto à afirmação acima, os irreverentes e bem humorados camalionistas perguntam aos Botoistas:

“- Mas pra que lado fica o lado de cima, ou o lado de baixo, nesse espaço estrelado? Se nos mostrarem isso contribuiremos com o movimento”.

Informações mais detalhadas sobre as tendencias e variações voce vai encontrar no ensaio lendológico O SER MAPINGUARY que exposto no caminho sagrado das águas doces. Vamos falar um pouco do que é o camalionismo dentro do contexto... Tá vendo esse riacho correndo, ai!? Todo dia minha filha Lua vem buscar água para fazer as coisas em casa. E o indio Araiu todo dia vem pescar uns peixes para comer. As crianças todos os dias vem aqui tomar banho e brincarem. Mas como voce pode ver, o rio é só uma poção de água corrente, mas para minha filha, o rio é mais que poção de água, para ela o rio é um amigo, que ajuda ela a passa pano na casa, a lavar a louça, a cozinhar a comida e etc. Para indio Araiu, o rio é um prato de comida, é daqui que ele tira seu alimento diário, e por isso vai fazer tudo para que ele continue sempre limpo que tenha sempre peixes. E para crianças o rio é um parque de diversão onde todos os dias elas se divertem. Mas o rio é só um monte de água correndo, mas para cada um deles o rio tem um significado diferente, e conforme esse significado, assim eles se relacionam com o rio.
Os seres humanos são um grande rio, todos vieram da mesma fonte, de uma fonte pura e cristalina, só que no percurso foram sendo poluídos, com conceito, preconceitos, normas, leis etc. etc... Diariamente esses seres humanos pulam, ou são tirados para fora do rio e passam a dá significados para as gotinhas que o compõe, dizendo: Aquele é doutor, aquele outro é advogado, a outra é professora, a outra é governador, outra é prefeito, a outra é juiz, e por ai vai. Na verdade, não existe nada disso, tudo são frutos da nossa fértil imaginação, são valores psicológicos que acreditamos que existem, são quimeras, e conforme nossas crenças nelas, assim passamos a nos relacionar com esse rio que chamamos de humanidade. Acredite! ninguém é mais do que ninguém, somos seres humanos, com uma ainda atrofiada e inexplorada capacidade infinita de criar, interagir e de transformar essa quimera, noutra quimera melhor. Para chegar a nossa verdadeira essência precisamos despoluir o rio, pois água poluída, é água morta, temos que jorrar como água viva. lendológico para que comece a se familiarizar com essas estrutura complementares que fazem parte dele.

Camalionistas - São personificadores da tendência lendológica urbana florestal conhecida como CAMALIONISMO. Uma extensão polêmica que existe dentro do movimento lendológico, muitos lendologos discordam e outros até não a aceitam como uma extensão lendológica autêntica. Mas quer queiram ou não, podemos dizer que os camalionistas são os precursores do movimento lendológico dentro da dimensão intelectual cultural acadêmica racionalista. Sabesse que por causa deles os lendologos se viram obrigados a exporem composições lendárias de forma sistematizada, buscando desfazerem os maus entendidos causados por eles, divulgando o que consideravam como autenticas manifestações lendológicas. É a parti daí que surgem as traduções consideradas como aceitáveis, das narrativas classificadas como argumetários lendológicos, os conhecidos Lendários nativos.

Os camalionistas forçaram os personificadores lendológicos a manifestarem-se no universo congelante do grafo simbolismo fonêmicos sonoros alfabéticos, e tudo começou com a divulgação do polêmico lendário O SER MAPINGUARY, uma peça argumentaria bastante controvertida, e que assim como toda lenda, não se sabe exatamente quando surgiu, mas sabesse que ela passou por diversos aperfeiçoamentos, e mesmo a contragosto de alguns lendologos, findou ganhando o status de peça lendológica autêntica. Passando então a fazer parte do movimento lendológico nativo urbano florestal.

Uma das características dos camalionistas é o espírito rebelde irreverente e muitas vezes irresponsável que eles geralmente tem, e não é para menos, o camalionismo nasceu no seio do movimento jovem lendológico. São personificadores que costumam assumir postura dos personificadores de outras extensões e tendencias lendológicas, tais como: IARAISTA, BOTOISTA, MAPINGUARISTA, CURUPIARISTA, SERPENTISTA e etc. E assim Expõem pensamentos críticos, ou que deixam brecha para duplas interpretações. Eles tem uma predileção pelo mapinguarismo, por razões obvias, o radicalismo que caracteriza os personificadores mapinguarianos é um prato cheio para extravasarem suas idéias oposicionistas questionadoras. O passatempo preferido dos camalionistas, é de se oporem ou opinar sobre questões extra contexto lendológico, e com isso gerarem reações externas ao movimento, ascendendo embates que vão de encontro aos ideais lendológicos que na sua essência busca o desperta do imaginante nativo pacifico libertário, eles normalmente desvirtuam essa postura pacifica que tem os autênticos lendologistas. Personificadores de todas extensões e tendências tentam prever e antecipar as manifestações camalionistas, buscando maneiras de neutraliza-las através de composições, em que tentam prever e desfazer os mal entendidos que os camalionistas podem gerar. Normalmente os Camalionistas tem uma postura que busca o convencimento, o aliciamento dos seres pensantes. Mas nem tudo dentro do camalionismo é polemico, encontramos entre eles narrativas e argumentários luminantes que estão em sintonia com os paradigmas lendológicos de aperfeiçoamento, de estudos, pesquisas, desenvolvimento e produções de elementos sócio artístico-culturais nativos florestais, encontramos boas orientações fundamentadas nos princípios lendológicos. Eles buscam incessantemente o fundamentar, o arrazoar, o aperfeiçoar das realidades lendárias que compõem.
O que caracteriza os autênticos lendários, é o transparecer da busca por um ponto consensual absoluto, uma compreensão harmônica abrangente coletiva em relação o vivenciável, que não interfira nas concepções individuais, normalmente esses pontos dentro do lendologismo estão entre o perceptível e o imperceptível bio-visual, racionalidade e imaginação, sem preocupações proselitistas. Mas isso não quer dizer que não existam lendários com tendências proselitistas, pois dentro do lendologismo, quer queiram ou não, os personificadores tendem a puxar a farinha para seu pirão. “No fundo todo lendologo tem um pouco de camalionista”.

Os lendários são registros, testemunhos de acontecimentos cósmicos imemoriais. É através dos lendários que os lendologos superam as situações historicamente condicionadas dos imaginantes humanizados, rasgando o véu das ilusórias psico-realidades que os sufocam.
Todo lendário que gere alguma polêmica, tem origem no camalionismo, faz parte da postura descompromissada que eles adotam quanto as questões regimentais orientadoras pacificante do existencial harmônico interativo lendológico. É assim que transpõem a tênue fronteira em que transita o imaginante livre lendário e os intelectuais racionalistas sistemáticos metódicos academicistas, abrindo brecha para os embates intelectuais desnecessários. O camalionista uma hora é uma coisa, outra hora é outra, sem o menor pudor, sem nem um sentimento de culpa. Para que voce tenha uma idéia das ações deles no contexto lendológico, veja como respondem uma pergunta relevante para o movimento lendologico autônomo nativo:

O que é lendológia?

Resposta camalionista: “É algo que nunca começou e nunca vai termina, ou algo parecido com isso ou totalmente o contrário do que voce entendeu”.

Ou:

“ Lendológia é um pensar ininterrupto; algo que nunca começou e consequentemente nunca terminou. Em síntese é mais ou menos isso. Mas também podemos dizer que é o contrario de tudo isso”.

Dar para perceber nas respostas a fuga da responsabilidade com a coisa em si, com o que está se expressando, isso é típico do camalionismo. Que se propõem a opinar e responder tudo, sobre qualquer coisa. Não é por acaso que essa tendência ficou tanto tempo marginalizada dentro do movimento lendológico. Mas como dizem os camalionistas: " Há males, que vem para o bem."

Fechamos essa exposição mostrando pequenos textos típicos destes personificadores, em que detectamos referencia ao externo intelectual não lendológico:

“...E antes dos previsíveis ataques histéricos, dos doutores guardiões das leis gramaticais oficiais, queremos dizer que os lendologos utilizam a linha do anti-intelectualismo benéfico comunitário, ou seja, se você entendeu o que o texto quis dizer; se captou a mensagem que está escrita, está perfeito, o resto é resto."

"Lendológia não é Filosofia, não é a arte de convencer o outro, que ele não sabia nada sobre tudo. E no final outro fica sabendo tudo sobre nada”.

“Filosofia é a metodologia de construir associações de pensamentos ditos lógicos, que está ao alcance de qualquer lendologo idiota que se dedique a desenvolvê-los."

Nos fragmentos apócrifos do lendário O SER MAPINGUARY também encontramos nas entrelinhas referencia a elementos do externo acadêmico institucionalizado, vejamos um exemplo disso:

“...E diziam os anciões ao jovem líder:

 Não percebe que esses riscos tão inofensivos, tão simples na superfície das folhas, têm uma atração psico-magnética muito estranha?

 Não percebe que são só riscos? Que eles não tem poderes? Que é você que dá poderes a eles!?

 Não percebe a falta de personalidade que tem esses ilusórios intermediários das oralidades?

 São seres frívolos! Sem caráter, estão a serviço de qualquer um. São ridículos, ignóbeis... Não existe uma definição de debilidade extrema a qual eles se encaixem. Estão um pouco além de tudo que podemos conceber nesse sentido.

*Esse trecho se dá no instante em que o jovem líder insiste em demonstrar a utilidade dos poderes dos riscos nas superfícies das folhas. E os anciões rebatem:

 Não percebe a fragilidade, a insolidez, a falta de autonomia desses riscos? São tormentas congelantes, o iludindo com a falsa impressão de que podes congelar o nosso primordial e imutável pensar incessante.

 Como pode querer que sejam usados como intermediários do saber, do conhecimento, da verdade, no meio do nosso povo?”

Obs. Os lendologos sempre utilizaram a oralidade (Grande Serpente) como veiculo de comunicação dos lendários, das composições fabulendárias e narrativas argumetárias lendológicas. Portanto as expressões gramaticais alfabéticas dos lendários é quase certo que têm sua origem no camalionismo.

Não é demais repetir que quando um argumento ou narrativa deixa duvida quanto a origem de sua extensão, ou tendência lendológica, normalmente são classificadas como camalionistas e essa é uma brecha que os personificadores de todas tendencias e extensões costumam utilizar para assumirem posturas criticas de contestação, muitas vezes com objetivo de distorcerem ou por em duvida a origem e autenticidade de alguma das extensões ou tendencias lendológicas que não seja a sua. Como dizem os camalionistas: “Nem tudo que parece, é”.

Voltando ao lendário “B” ainda vamos encontrar alguma coisa ligada a questão da água viva um pouco mais adiante:

6 ) A letra “A” de Acre, está associada ao numero 1, Acre é o nome do rio que divide a cidade de Rio Branco, é o caminho que trouxe aventureiros, exploradores, é onde se deram as grandes batalhas entre Brasileiros e Bolivianos que mais tarde elevou o Acre a condição de território Brasileiro. Veja que os nomes Bolívia e Brasil começam com “B” . A letra “B” corresponde ao número 2. E dentro do lendologismo, algarismos e letras tem o mesmo valor, mas podem mudar de função conforme seja a abordagem feita pelo lendologo que as utiliza. Tanto podem ser lidas como números ou letras, ou como números e letras ao mesmo tempo, depende da abordagem que o decodificador lendológico emprega.
A palavra água que define o elemento essencial para a bio-existência planetária, tem na estrutura grafo-alfabética, 4 letras, começa com a letra “A” acentuada, e termina com a letra “A”. Podemos afirma que a palavra água é formada em algum instante, dentro da contagem que vai do ano 1000 ao ano 2000. (*Para comprova isso os lendologos utilizam um instrumento conhecido como SELO SOLAR, que será apresentado a voce num momento oportuno). Nesse sistema o ano é 1231, (E também pode ser traduzido como o ano 1 que está no fim e no começo deste numero). No ano 2000, entramos no período de transição do segundo para o terceiro milênio. O numero 2 (dois) correspondendo a letra “B”, 2000 dentro deste contexto lendológico é traduzido como sendo “Booo”. Esse “Booo” no lendologismo, é tido como o registro e tradução do primeiro som emitido pelo Botinho lendário ao nascer. É quando ele sai da bolsa liquida para o universo terrestre, é o instante em que deixa de ser peixe e passa a ser humano. Booo é o som do nascimento, do surgimento de um novo ser, de uma nova vida, a chegada do novo, a chegada de uma nova era, de um novo universo, isso porque no instante em que algo nasce, muda toda a estrutura vibrante do universo, o universo passa a ter uma vibração que não existia antes, passa a ser um novo universo, pois com a vibração desse novo ser, quer o mundo queira ou não, toda existência passa por uma transformação, existe um universo antes e outro depois de um nascimento, a ter uma nova pulsação, a pulsação do coração da nova criatura, com isso podemos afirma que somos deuses quando nascemos.
2001 é o ano em que se inicia oficialmente a contagem do terceiro milênio, na tradução lendológica temos ai a palavra “BooA”, esse é o aviso que entramos na Boa era. A palavra água que simboliza vida, que também está ligada a idéia de parto; de dá a luz, que surgi no período do ano 1000, junta-se agora a palavra BooA e forma a frase; Água Booa. E 2002 vem para confirma isso, quando os “O” são elevados a função de representação do vazio, temos então o “BB”. Que representar o ser que nasce, ou seja, o “Bebê”, e que também está associado ao ato de tomar água, “Beber”. Juntando tudo, temos a frase: “ÁguA BoA de BeBer”, essa é a autenticação da chegada da era das águas doces nos lendários florestanos, da água viva sem poluição. Esses dois “B” são encontrado em palavra que nos remetem a uma coisa que é tidas como sagradas para boa parte da humanidade a BíBlia. A duas letras “B” estão presente entre as 4 primeiras letras da palavra BorBoleta. A Borboleta que representa a mutação, o ser mutante por natureza.

“Água Boa de Beber” para o ser humano, é água limpa, água sem poluição, portanto, água viva.
O termo “água viva” é bastante conhecido e utilizado para expressar um estado de espírito puro, irmanador, pacificador, o que sacia a sede, uma sede que pode ser associada a outro tipo de sede e não a sede de água , tais como, sede de amor, sede de justiça através da verdade, da sua pureza espiritual e etc. Nesse contexto a água está relacionada com o ser humano, ao aprendizado, ensinamento, ao ser da era de aquário, o ser humano que sacia a sede de outro ser humano e etc. É de origem Uiaristas passagens como estas:

“Viemos todos da mesma fonte; de uma fonte pura e cristalina, mas no nosso percurso fomos sendo poluídos. Precisávamos despoluir o rio e jorrar como água viva.”

“Quando alguém diz que está enjoado da vida; que não quer mais viver, e continua bebendo água para saciar a sede. Está afirmando o contrário do que disse”.

Existem fragmentos em que a água aparece nas entrelinhas, como essa dos Botoistas:

“Os humanos serão pescado, e assim transformados, e para pescá-los temos que encanta-los, transforma-los em peixes”.

“Para pescar os seres humanos, temos que traze-los para leito do Rio Branco, para serem humanos peixes”.

Quanto à questão do período em que começa a era das águas no nosso planeta, o Boto não encontra dificuldade para provar que já vivenciamos esse período, que estamos vivendo nele. Mesmo com toda a diversidade, contradições teóricas e revelações que existem nesse sentido. O Boto é o ser artístico, imaginante livre em toda sua plenitude, e que assim portanto tem a capacidade de mudar de realidade. É com essa capacidade que poe fim a questão que a milênios místicos e esotéricos vem se debatendo, ou seja, a questão que gira entorno da duvida do período calendárico em que se dá o inicio dessa nova era. Os Botoistas resolveram e resolvem essa questão da seguinte maneira; quando alguém diz que a era das águas começar oficialmente no ano 2045 ou em 2114 e etc. Os Botoistas dizem: Acordem! Estamos no ano de 2045 ou 2114 e etc. e pronto, ta resolvida a questão. Mudar de realidade, é uma coisas que os Botos fazem muito bem.
A contagem de tempo embora possa parecer um contra senso, ainda continua existindo dentro movimento lendológico algumas tendências não descartaram totalmente essa ilusória concepção humana. Alguns lendologos utilizam algo que equivalente, em que um ano é o mesmo que uma hora, para os que utilizam tal expediente, se estamos em 2009, estamos as 9 horas do primeiro grande dia do milênio das águas. Em 2010 as 10:00 hrs. E assim por diante.

Dentro do movimento, a restauração dos soberanos argumentários apócrifos populares imemoriais amazônicos revelaram fragmentos narrativos classificados como de fundamentações, autenticação e comprovação da origem dos sinais tidos como lendogeográficos. Entre eles temos fragmentos que relatam as ações que levaram a formatação da forma geométrica orientadora que tem o mapa do Acre, vejamos algumas delas:

“... No principio, as demarcações territoriais sócio tribais, tinham o formato arredondados, estabelecido pela força inabalável e incorruptível dos nossos comunitários compromissos celestes lendológico. Os mesmos compromissos respeitados na administração coletiva extra-sensória, que acionou o movimento que deu origem as rebeliões tribais, que geraram as equivocadas investidas conflituais que levaram os nativos buscarem a conquista de território de tribos irmãs. O que se deu no período em que as tribos passaram a adotar o formato administrativo coletivo, onde um individuo tinha o poder de governa e comandar a coletividade. A parti daí os dito governantes passaram a organizar equipes de auxiliares administrativos, em seguida institucionalizando métodos de condicionamento psico-intelectual para nativos, e através desses métodos os fazendo obedientes a ordens estruturais ideofilósofica desses corpos administrativos comandantes, todos fundamentados e orientados por ilusórios psico-valores que atravessaram eras tidos como verdades supremas, mas que felizmente com o tempo podiam ser superadas”.

“...Foi uma empreitada ego-sistemática que convenceu os nativos, de que eles tinham um destino superior a ser alcançado, e que a expressão desse poder se dava com a subjugação de nativos de outras tribos, tomando seus território de direito primordial inqüestionável”.

“...Foram os eventos conflituais que levaram o estabelecimento das conhecidas demarcações territoriais geográficas que temos até o inicio do terceiro milênio, já previstas no nosso contexto cósmico transcendente lendologico. E para salvaguarda a extensão e a localização do centro administrativo coletivo pacificador intercontinental planetário dos gloriosos Atlantas das águas doce florestais, a nossa irmandade cósmica redesenhou os limites do nosso espaço territorial. Foi a forma encontrada para não interferi diretamente na nova experiência intelectual humanizada, e ao mesmo tempo manter a nossa localização planetária destacada entre as demarcações das outras tribos. E pelas razões que todos os lendologos conhecem muito bem, o formato escolhido para o nosso território foi o da letra "B".


7 ) A letra "B" está presente no que existe de mais significativo culturalmente dentro do nosso território lendologico, e tem como autenticadores dessa localidade, elementos que contem a letra “B” elementos que são reconhecido por todo planeta, como algo com característica singular, classificado como nativo da nossa região. Elementos que foram colocados ai como complementos fundamentativos, para que os aldeados, corpóreo e extra-corpóreo, tivessem a certeza do local e conseqüentemente, o despertar para a missão de reacender a chama da nossa velha e sempre nova ordem. Um desses elementos sinalizador e autenticador territorial, é o produto extraído do Rio Branco que jorra das arvores seringueiras, o látex com o qual é produzido a BORRACHA. A Borracha tem uma função importante na estrutura da nossa realidade lendária, é o elemento com função estratégica de atrair os nativos pioneiros restauradores do novo tempo, para povoarem e reproduzirem em nosso território sagrado os veículos corpóreos para os que fazem parte da nossa legião restauradora revolucionária lendariana, e assim reiniciar o estabelecimento da nossa sempre nova ordem, profetizado como era das águas.


8 ) E não é por acaso que a letra “B” está como primeira letra da palavra “Borracha”. É por força dos sábios compromissos firmados, visando o surgimento e ascensão do grafo letrismo como meio de comunicação da humanidade, nesse período a Borracha entra em cena para dá aos nativos o acesso ao espírito que dá a eles a noção de ser deusificado. É utilizando a borracha na era do grafo letrismo que o nativo percebe que pode apagar e reescrever o que fez; refazer o que está feito, reescrever a história. É esse o espírito da era das águas, o espírito revolucionário do imaginante livre, capaz de refazer a história, de ter a consciência de que pode apagar tudo que não interessa, e adicionar tudo o que precisa para melhorar, viver harmoniosamente e interagir com o seu meio de forma saudavel.

9 ) O “B” também é primeira letra da palavra “Beija-flor” que está associada a sensibilidade, a poesia, a beleza e etc. O Beija-flor é um outro elemento natural da nossa região que está ai para ser utilizado como elemento exemplificador didático, ser usado com funções estruturais no pensar lendologico nativo dentro do novo milênio. A LENDA DO REINO DOS BEIJA-FLORES, é um bom exemplo de como ele pode ser utilizada com função didática, auxiliando na reflexão ser florestano, o incentivando a pensar na construção de uma nova realidade, de uma nova consciência em relação aos seus bens comunitários naturais.


10 ) A “Borboleta” é outro elemento natural, reconhecido como símbolo universal de mutação; de transformação, é algo típico na nossa região. Ela vai da forma de lagarta que rasteja pela terra, a forma de ser alada que domina os ares. Nesse aspecto ela esta ai simbolizando o ser que vence, que transcende os limite da realidade em que vive. Não é por acaso que o formato da demarcação do território do Acre também lembra uma Borboleta voando. O acaso não existe nesse caso, se algo acontece é por que algo provocou esse acontecimento.

11 ) O “B” Também inicia a palavra “Balão” que está ligada a Borracha, bem como a palavra “Bolo” que junto com Balão estão associadas a momentos festivos de confraternização, celebração, de dança, de musica, alegria e etc. Balão também está associada a idéia da realizar o sonho de voar que sempre acompanhou o ser humano através dos tempos, comprovar à nossa capacidade de construir algo que nos torne assemelhante aos anjos, aos pássaros. E assim nos fazendo semelhantes as Borboletas, ou seja, deixamos de ser apenas seres que se arrastam sobre a terra, conquistando os ares.

12 ) Temos também a "Bola", que está presente nos confrontos esportivos civilizados, testemunhais interativos. A Bola no seu aspecto esférico, simboliza a eternidade, o sem principio, nem meio, nem fim. Aspecto que está presente nos corpos celestes nos formatos dos astros e das estrelas, e no que o cientificismo define como átomos, partículas e etc.

A ascensão do movimento atemporio de reinicio da era das águas se dá no instante em que os lendologos define como chegada do nativo “B” governante. Que quando aconteceu de um nativo que tem a letra “B” como primeira letra do seu nome é escolhido para ser o governador dos nativos. Esse é um dos sinais de aviso que o retorno da era de ouro começou a ser restabelecida. Para os lendacreanistas isso aconteceu no amanhecer do primeiro grande dia do terceiro milênio, mas precisamente as 6 horas. Ou seja, no ano de 2006.


“O formato de letra "B" do mapa do estado do Acre, também tem as abordagens significativa emblemática simbólica dos Uiaristas que vêem nos contorno geométrico do território a representação do registro do primeiro grande BANZEIRO do RIO BRANCO, como também a representação da batida da calda do grande peixe encantado no rio lendogeográfico planetário, chamando a atenção dos humanos nativos lendários que transcendem as estruturas cientificistas racionalistas elevando-se ao estágio do lendologico compreender.”

Para você que pretende se aprofundar nas estruturas do pensar lendologico, é essencial que se mantenha sempre alerta quanto ao conteúdo do que está lendo, por exemplo, nas entrelinhas da afirmação acima encontramos a fusão de duas extensões lendologica, O Botoismo e Uiarismo. Voce vai compreender melhor essa questão de extensões e tendências lendológicas quando ler os complementos argumetários do Lendário “O Ser Mapinguary” no caminho sagrado das águas doces.

Na abordagem Uiarista em que o formato do mapa do Acre é visto como a calda do peixe encantado batendo no rio lendário amazônico, também é traduzido por alguns lendologos como som simbólico lendológico que traduz o desperta do lendário humano peixe encantado para a dimensão do realismo lendologico. Para eles é simbolicamente o momento em que o imaginante ao mesmo tempo percebe o lendário sinal e seu significado transcendente, quando tem a certeza que adentrou a dimensão eterna dos lendários sinais nativos, das primordiais decodificações, quebrando os paradigmas racionalistas que o condicionaram a só acreditar no que se fundamentam em estruturas ditas lógicas. É quando se eleva além dos frágeis e equivocados limites, impostos pela doutrina congelante do racionalismo, indo além das ilusórias verdades inquestionáveis do mesmo, adentrando assim as realidades sensíveis que são atrofiadas por ele.

Existem diversos fragmentos que abordam esse som simbólico lendário e seu significado, vajamos alguns deles:


"... Ao despertar, o encantado assume a responsabilidade de encantar os seus irmãos de tribo e os irmãos de outras tribos iluminantes predestinadas.”

“Só um ser lendário encantado pode ouvir e ao mesmo instante desperta para a realidade do imaginante ilimitado; indomável; supremo; eterno e onipotentes que somos..."

Existem abordagens do despertar dos lendários no reino das águas florestais onde o sinal lendológico aparece no contexto do contravertido, o que é muito comum em se tratando do lendologismo quando utiliza os grafos alfabéticos como intermediador das narrativas, isso faz parte da dialética lendologica nesse meio de comunicação, vejamos alguns textos que envolve essa controvérsia no que se refere ao “B”:

“... O formato de letra "B" do nosso mapa territorial, é mais que o simples reflexo da nossa letra orientadora refletida na superfície liquida vegetal do lendário reino das águas de pingos doces florestais. É a representação da ação do BÔTO imemorial batendo a calda, alcançando a percepção atemporia compreensiva do imaginante libertário individual coletivo que sobrevoa a orbe terrestre em suas incursões livres...”

“... É o registro do impacto da batida da calda do ser peixe encantado, produzindo o primeiro grande BANZEIRO na superfície das águas doces lendárias”.

“ É o Boto batendo a calda mostrando a sua localização na superfície do planeta.”

Embora uma coisa não neutralize a outra, algumas extensões lendologicas, também traduzem o formato do mapa como sendo a representação da primeira grande onda que produziu uma seqüência de banzeiros que provocou o despertar da grande tribo planetária. Outro afirmam que é o aviso ao imaginante dando a certeza que entrou no contexto da era do milênio das águas doce iluminadas, na consciência do glorioso RIO BRANCO lendário amazônico.

É bom lembrar que para alguns lendologos, tanto esse sinal, como tudo que foi exposto até aqui como revelação da era das águas doces no contexto amazônico, não tem nada vê com a decantada era de aquário presente no "inconsciente coletivo" da humanidade. Para estes, os profetismos e as revelações muitas vezes tidas como divinas por boa parte da humanidade, são apenas plágios mal feitos das visões atemporias apocalípticas regional do grande ser lendológico florestano. Mesmo assim não tiram o aspecto de sinalizador imemorial que tem esse elementos “B”; o formal geométrico demarcador do território do Acre. E até concordam que é um sinal de boas vindas aos que retornam a consciência de membros da nossa organização ancestral celeste sócio-primordial lendariana.

Uma organização em que podemos dizer que não existem magistrados, e a verdade e o direito comum a todos não precisam de leis para prevalecerem.

“É a calda do ser peixe-humano batendo nas águas, no instante em que se dar a transição bio-formal do encantado peixe celeste (água), para ser humano encantado transcendental (terra)”.

“É o aviso cósmico imemorial estruturado; a marca celeste deixada para que o imaginante humanizado encantado não esqueça de retornar a sua origem lendária.”

“É a demarcação do lugar onde o ser lendário sai extra-sensorialmente e volta humanizado para realizar sua missão de ser encantado imaginante livre libertário desperto na orbe planetária...”.

Além dos BÔTOISTAS, as outras extensões lendológicas também se apóiam nas decodificações lendogeográficas para formalizar e fundamentar lendologicamente suas extensões, oficializa-las como um elemento que faz parte do comando do movimento lendológico da era das águas.

Dentro do lendarismo classificado como iniciático, os personificadores das diferentes variações e tendencias , buscam de forma sutil exaltar uma ilusória supremacia de suas extensões diante das demais. Vejamos algumas dessas formas de manifestações que estão relacionadas com o lendário “B”:

"O formato do nosso território, não é o de uma letra "B" como afirmam os BÔTOISTAS, é a letra "M" vista na superfície ondulada das águas doces florestais."

Para os que já estão familiarizado com os aspectos manifestativos das extensões lendológicas, podem identifica no texto acima a manifestação de duas extensão, MAPINGUARISMO e IARAISMO (Mãe das Águas) mas não está claro de qual das duas parti a afirmação. Ambas extensões tem a letra “M” como o grande símbolo representativo sinalizador. Quando esse tipo de duvida aparece, a primeira conclusão que podemos tirar é que é uma manifestação camalionista, o texto se posiciona contra, ou poem em duvida os Botoistas, que afirmando que o nosso território tem o formato da letra”B” de Boto. Afirma que o formato é de uma letra “M”, mas não especifica se é “M” de Mapinguary ou o “M” da Mãe das Águas dos Uiaristas. É uma atitude típica dos camalionistas. Mas não se podemos descartar que tenha origem no Mapinguarismo ou no Uiarismo, pois os personificadores de uma dessas extensões pode muito bem ter lançando mão dos artifícios camalionista para tirar a força significativa que esse sinal tem para os fundamentos da extensão Botoista. E nesse caso, como dizem os camalionistas: “Nem tudo que parece é”. Fica o dito, pelo não dito.

“O formato do mapa territorial Acreano, é a letra "C" com seu reflexo distorcido na superfície ondulada das águas verdes esperançosas da nova era amazônica."

“O formato do mapa é o "C" do arco do grande portal de acesso ao reino das águas doce amazônica, é a cuia com a imagem distorcida pelos banzeiros verdes amazônicos que ladeiam o Rio Branco.”

Os fragmentos acima são manifestações dos personificadores CURUPIARISTAS. Estão em sintonia com a postura pacifica convivêncial primordial que tem um autentico personificador lendológico, portanto faz parte oficial dos argumentos de sustentação e fundamentação do CURUPIARISMO que é parte do contexto lendogeográfico regional amazônico.

Existem decodificações Uiaristas do caminho sagrado da era das águas doces, em que o formato do mapa do Acre é apresentado como o registro grafo geométrico do batismo de travessia do portal do fogo que dá acesso ao caminho sagrado. O caminho é bastante conhecido dos lendacreanistas, a seguir vamos ver parte de um dos roteiros do caminho, que expõem detalhes simbólicos significativos que amplificam as informações e nos dão uma idéia das muitas formas de como o pensar lendológico nativo florestal pode ser utilizado.


* Lendológia é a razão do porque as lendas e os seres mitos lendários das florestas existem.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Grupo Capú na semana estadual de música.

Fomos convidados para fechar o show de encerramento da semana estadual de música. Dia 29/11/2009 no espaço cultural do mercado velho. Existe uma boa possibilidade de marca presença no evento.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Realismo Lendológico - Parte II

O CAMINHO SAGRADO DA ERA DAS ÁGUAS DOCES

“O caminho das águas é um instante cósmico estruturado pelos nossos imemoriais antepassados. A prova disso estão nos sinais encontrados em seu percusso”.

Ao adentrar o caminho recebemos trajes brancos, ornamentados com motivos regionais. Os auxiliares explicam que a troca de vestimenta no caminho, simbolizava a transformação harmônica do ser; o despertar da força transformadora dos humanos peixe botos do leito do Rio Branco; da consciência de que temos a capacidade de mudar de realidade; de desprender-se de costumes e culturas equivocadas, de adaptar-se a coisas novas, de lidar com o desapego materiais sem sofrer desconfortos internos.

Esse rito leva os caminhantes a uma breve revisão dos psico-valores incutido pela filosofia de mercado, meditando sobre a importância que damos as coisas que possuímos e sobre as coisas que desejamos ter. Nesse pontos somos orientados a buscar dentro de nós, possíveis razões para desejar e não desejar, ter as coisas que desejamos.

Cada caminhante recebe um cajado feito de cipó, semelhante a uma serpente, que tem na extremidade superior um fruto de cabaça que lembra a cabeça de um peixe boto e, ao mesmo tempo, um maracá indígena com um longo cabo tendo pequenas cuias amarradas em sua extensão. Seguimos para o portal que dar acesso ao caminho sagrado das águas doces, conhecido como o portal do fogo.

* Dentro do caminho as cuias têm diversos significados, entre eles, o de pedido de auxilio, de ajuda.
* A cuia representa a essência da visão lendológica, no sentido em que o palpável condensado e o impalpável vibrante, o denso e o sensível de um todo pode ser alcançado em um único instante. A meia bola visível e a invisível são vista como complementos, dando sentido uma a outra.

* Algumas vezes a cuia é associada a retina da iris ocular, e nesse caso o olho é visto como o ser sendo afogado, banhado pela água do rio das visões, e o corpo como elemento intermediador do imaginante dentro desse campo visionário.

Os nossos imemoriais ancestrais utilizavam as cuias com água para ouvir a voz do espírito que sopra na floresta. Eles costumavam deixar as cuias com água debaixo das arvores no meio da floresta. E no outro dia iam verificar o que elas continham. Os pequenos insetos, penas e folhas que caiam dentro das águas eram traduzidos como informações, mensagens trazidas pelo da espírito da natureza. Essas leituras ou decodificações eram feitas com ajuda do “SELO SOLAR”, uma especie de decodificador matemático, que é a bases de desenvolvimento dos mais profundos fundamentos lendologicos, e servia como orientador das traduções dos posicionamentos e significado dos elementos contidos na água das cuias.


O PORTAL DO FOGO

O portal do fogo é uma pequena entrada com dois guardiões e duas opções a serem seguidas. Cada guardião segura uma cuia de Coité grande contendo água.
No chão da entrada, uma tigela de colher látex contendo fogo sinaliza o meio do portal. Os caminhantes se aproximam da tigela e o guardião do lado direito, levanta a cuia e pedem para que todos peguem as pequenas cuias penduradas no cajados e a segure em frente ao corpo.
Eles as enche e dá incio ao ritual do beber água:

O guardião leva a cuia até a boca, e todos repetem o gesto, ele bebe o primeiro gole e diz:

Bebam! Esse primeiro gole, é para lembrar que para o ser humano existir, é preciso que exista água.

Bebam! O segundo gole, é para lembrar que somos sementes, e para crescer, germinar e dar bons frutos precisamos ser aguados diariamente.

Bebam! O terceiro gole, é para lembrar, que para a vida continuar existindo em nosso planeta, é preciso que continue existindo água. Água boa, água limpa, água viva.

Em seguida todos são convidado a sentar e ouvir a narrativa da fabulendária LÁGRIMA CÓSMICA:






“No começo dos tempos, existia uma batalha épica que parecia não ter fim. O frio e calor não se entendiam, e a mãe natureza fazia de tudo para pacificá-los. Até que um dia, ela já bastante cansada, sentou-se num canto e pensou: “só um milagre para resolver essa situação”. E uma tristeza imensa a envolveu. E desolada ela baixou a cabeça e do seu olho direito germinou uma gotinha que rolou pelo rosto e foi cair entre as duas criaturas que a seculos se digladiavam.

Ao ver aquilo a mãe natureza pensou: - “Coitada dessa frágil criaturinha, vai ser massacrada."

O calor com sua luz abrasadora, aproximou-se da gotinha. Mas a gotinha dividiu a luz em varias cores. O calor chegou mais perto. A gotinha reagiu evaporou e afastou-se dele, indo em direção ao frio. Em quanto seguia ia juntando suas partes dilatadas pelo calor, até voltar ao seu estagio original, voltando a ser novamente uma poção líquida. Mas ao se aproxima do frio, o frio tentou envolve-la com sua frieza. A gotinha reagiu ao frio ficando mais densa. O frio aproximou-se e a gotinha não teve outra opção a não ser, solidificou-se e assim escapar do frio e seguir novamente em direção ao calor. O calor abrasador foi descongelando ela que, novamente a trouxe ao estagio liquido que em seguida evaporou e retornou em direção ao frio, e tudo se repetiu, e assim, gotinha ficou, indo pra lá e pra cá, pra lá e pra cá, sem se deixar capturar por nenhuma das duas forças.
Ao ver aquela cena, pela primeira vez a mãe natureza esboçou um sorriso, que gerou lindas formas sorridentes que foram se juntar a gotinha, e para alegria da mãe natureza, a gotinha que parecia tão frágil, demonstrou ser forte e resistente, capaz de sobreviver aos ataques do frio e do calor.
Esse vai e vem da gotinha entre eles, ajudou o frio perceber que existia algo além do frio e o calor, que existia algo além do calor. A gotinha tornou-se uma mensageira e, com o passar do tempo, frio e calor foram se entendendo e acalmando-se, começaram a aprenderam a conviver com suas diferenças. A Mãe Natureza nunca mais sentiu tristeza e batizou a gotinha com o nome de planeta Terra. Desde esse dia não parou mais de sorri, e seu sorriso foi gerando novas criaturas para se juntar a gotinha. E a gotinha até hoje dança feliz, girando pelo espaço entre o calor e o frio. Entre os presentes sorridente que a gotinha recebeu, estava um muito especial, ao qual deu o nome de ser humano, esse ser veio com a missão de manter a gotinha sempre bem cuidada e limpinha para que nunca morra. E em troca, a gotinha cede parte do seu corpo para que ser humano solva e sobreviva e multiplique-se sobre a sua face. Muitas eras se passaram desde o lendário acontecimento, nesse meio tempo, alguns humanos esqueceram a missão que lhes foi dada pela mãe natureza, que continua sorrindo e gerando novos presentes com sua alegria. Mas felizmente boa parte dos humanos ainda têm consciência desta missão divina, e reconhecem a gotinha como uma dádiva preciosa, um símbolo da vida em paz, gerando a harmonia no universo. Esses humanos se organizam e agem visando o êxito da grande missão que nos foi dada, por isso se reúnem, traçam estratégias e redigem documentos para assegura a proteção e preservação da nossa sagrada gotinha. Entre esses documentos redigido temos um do período de transição do milênio de uma organização que ficou conhecida pela sigla ONU (Organização das Nações Unidas) e o documento foi intitulado: "A Declaração Universal dos Direitos da Água", que tem o seguinte teor:


1 - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.


2 - A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.


3 - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

4 - O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.


5 - A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.


6 - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.


7 - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.


8 - A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.


9 - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.


10 - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

O que refletimos com essa narrativa, é que "As aparências às vezes enganam.” Uma gotinha d'gua pode fazer a diferença: “Um igarapé, um rio, um dilúvio, começa com uma gotinha de água”.

Como pode perceber, essa narrativa fecha com uma variação de um dito popular conhecido: "As aparências enganam". Essa é uma ação tipica de um autentico lendologo. Existem outras narrativas que utilizam o "Quem vê cara, não vê coração".
Na narrativa transparece o aspecto do ser num estágio liquido, aspecto esse que também é acentuados no ritual da caverna, no "pingo do olho d'gua na mina de ouro" um conto popular bastante conhecido entre os lendologos, mas pouco divulgado no contexto popular. E que está em sintonia com espirito da era de aquário ou era das águas, como queiram

Dentro do lendologismo a narrativa “ Uma Lagrima Cósmica” normalmente é utilizada como instrumento psico-analitico de auto identificação de conflitos interiores, de busca de um ponto de equilíbrio intermediador interno no momento em que o ser detecta opostos psiquicos conflitantes que repercutem desconfortavelmente em ações externas, e a parti daí dá inicio a busca de uma solução. Essa ação de superação dos conflitos internos visando um individual interativo social pacifico, é também conhecida como a terceira e ultima guerra mundial da humanidade.

O frio e calor são traduzidos de diversas formas. Uma das formas mais comum é traduzi-los como bem e mal, nesse tipo de tradução normalmente a mãe natureza aparece como sendo próprio ser humano, a água nesse casos, passa a representar as reflexões que vem por fim a esses e a qualquer outra forma de conflitos, e ai a água ganha as características de um ser iluminado, do ser pacificador sensível, do consolador de aflições. Temos também um outro exemplo de forma como a água pode ser apresentada com essas caracteristicas que está nas entrelinhas da narrativa do Lendário "O Ser Mapinguary". Na a ação do jovem líder que leva bilhas com água da fonte das vertentes para lavar os olhos dos nativos de sua tribo, os curando da cegueira provocada pelo poder dos riscos nas superfícies das folhas. Nesse caso, o aspecto de ser iluminado se revela de forma velada, se dá no momento em que essa água é utilizada como interferidor, neutralizador de uma resultantes inapropriadas que tem origem em acontecimento externo, importado pelos aldeados. Pois no lendário “O Ser Mapinguary” a água resolve algo que parecia está acima da capacidade do jovem líder, restaura a realidade comunitária distorcida pela introdução da cultura dos riscos na superfície das folhas, e nesse aspecto ela se fundi a figura do jovem líder. E quando vemos a água sendo transportada dentro de bilha de cabaça para chegar ate a tribo, ela estar associada a idéia de semente e pode ser vista como um elemento vivo que se desloca de canto para outro, e no caso do lendário, ajudando o nativo a reencontrar o caminho de volta as suas verdadeiras origens, e que está em sintonia com o espirito comandante do período conhecido como era da águas. Mais na frente voce vai encontrar a narrativa do Lendário Ser Mapinguary, e entender melhor os detalhes aqui expostos, ou tira suas próprias conclusões.

A água como um ser frágil poderoso e uma constante dentro do contexto lendológico, é pode ser encontrado como base das narrativas de diversos rituais, entre eles o da caverna do espelho d’gua. Temos alguns fragmentos restaurados que dão pistas de como acontecia esse ritual, vejamos;

“De tempos em tempos, um jovem era escolhido para ir a grande caverna do espelho d’gua... As gerações se sucediam, e os nativos continuavam acreditando que um dia o espirito ancestral da caverna se manifestaria para um dos jovens da tribo”.

Obs. É bom lembrar que são comuns as variações fabulendárias contextualizada nesse espaço simbólico lendologico conhecido como caverna.

Existe uma infinidade de fragmentos aparentemente incompletos com funções especificas, que citam a lendária caverna, como por exemplo, esse que vem a segui:

“...Os anciões resistiam em mandar o jovem líder para caverna, pois achavam que o inveterado sonhador não seria capaz de concentra-se o bastante para ouvir a voz do grande ancestral da caverna. Mas como era tradição, todos os jovens tinha de passar pela experiência. Chegou a vez do jovem líder ser conduzido para passar o seu período sagrado no interior da caverna. Chegando lá, sentou-se do lado direito da entrada, e ficou em silêncio.
Passado algum dias ele volto para aldeia e para surpresa de todos ele contou que tinha ouvindo o ancestral da caverna, todos se juntaram para ouvir o seu relato. Ele contou que no terceiro já estava quase dormindo quando ouviu um estalo, e sua mente fez um clarão, em seguida escutou o seguinte dialogo:
O que pensa que está fazendo criaturinha insignificante? Por um acaso prentendia parti-me ao meio.
Não ! Eu estou aqui para realizar o seu grande desejo. Vim para mudar sua realidade.
Não me faça ri! Voce está sonhando!
Voce não conhece a minha força, não sabe o tamanho que tenho.
A quanto tempo estavas escondida ai encima?
O tempo suficiente para conhecer toda a história a vida na terra, e estou aqui para mudar a sua...
Não me faça morre de ri!
Vou mudar sua realidade.
E como pretende fazer/ Se matando em cima de mim/
Devagar, eu não tenho pressa!
A voz solida soltou outra gostosa gargalhada que ecou por toda caverna.
Pare de sonhar e me deixe em paz criaturinha boba.
E espere e verá.

“água mole em pedra dura, tanto bate até que fura ”


*Os lendologos classificam esse tipo de narrativa acima, como peça de exercícios para desenvolvimentos narrativos complementativos. Ou seja, é um texto aberto a adição de variações de diálogos, detalhes introdutórios, contextuais, conclusivos ou indefinidos.

*Uma coisa sagrada dentro do lendologismo, é a aceitação de toda e quaisquer composição narrativa originada ou que envolva elementos reconhecidos como lendologicos nativos autênticos. Mas podemos dizer que a utilização de um método de classificação ou ordenação de composições lendárias, distorcem a postura primordial lendológica. Mas nem por isso os lendologos deixam de fazer uma espécie de seleção, de escolha de uma linha narrativa (personificação) para manifesta seus argumentos narrativos.

Mas voltando ao caminho. O segundo guardião do portal do fogo levanta a cuia contendo água, e pede para que juntos façamos uma corrente de vibrações positivas para energizar a água contida na cuia. São pronunciadas palavras de exaltação ao espírito harmônico que governa a natureza, agradecimentos à mãe das águas pela gestação do líquido precioso que solvemos. Depoi disso, todos são conduzidos até onde está tigela com fogo, na entrada do portal, para fazermos a passagem simbólica de entrada no caminho.

Um caminhante escolhido pegua uma cuia do seu cajado e fique diante da tigela com fogo. Um auxiliar do guia pega a cuia com água energizada e se aproxima do caminhante. O caminhante estende os braços para frente, fazendo com que a cuia que está em suas mãos fique acima da tigela com fogo. Em seguida inclina a cabeça sobre ela até vê o rosto refletido na superfície da água contida na cuia. O auxiliar faz uma pequena oração, a água energizada é derramada sobre a cabeça do caminhante. A água passa pela cabeça e caia dentro da pequena cuia, que transborda e cai dentro da tigela apagando o fogo. Um por um dos caminhantes repetem o ritual, os guardiões entoam canções de convocação do grande espírito protetor das florestas. Surgi o guia caminho vestido roupa branca, trazendo um maracá amarrado a cintura.
Esvaziamos o restante da água nas cuias, jogado a água para o alto. Os auxiliares canta uma canção intitulada Oceanos Suspensos:

Paisagem a vapores
No céu em movimento
Figuras minerais
Moldadas pelo vento

Ieee, igarapés
Ieee, rios e riachos.

Ouri-ouri, moldadas
Ouri-ouri é do vento o pensamento.
U,u,u,u,u... (musica incidental)

Oceanos suspensos (bis)

Águas de todos os sabores
Orvalhos que molharam flores (bis)
Moldadas pelos ventos
É do vento o pensamento

Surreal em gotículas
Cachos d’gua navegantes
Plumas Belezas liquidas
Gasosas formas mutantes

Repete (2,3)
Que da terra foram ao céu e voltaram ao planeta.
Planeta! (bis) a, a, a, a...


Na primeira parada do caminho encontramos uma nativa em frente a um pequeno casebre. Ela tem nas mãos pequenas bilhas de cabaça contendo suco de frutas naturais que é servido a todos. Bebemos o suco para lembrar que durante a caminhada é preciso está atento para extrai o que a natureza tem de melhor, de mais saboroso, de mais doce.
Seguimos cantando, somos orientados a bater com os cajados no chão, fazendo os maracás vibrarem e assim marcarem o compasso da canção.

* Todos detalhes ritualístico do caminho tem uma gama de significados que aos pouco vão se revelando e introduzindo os caminhantes no espirito que organizou o caminho. Por exemplo; o batismo de água para apaga o fogo na entrada do caminho, está ligada a idéia de renascimento; de começo de uma nova vida; a idéia de apagar algo que consome ou o consumo simbolizado pelo fogo.
Para os Uiaristas o formato do mapa do estado do Acre é a representação do instante em que se dá o incio da a travessia do portal do fogo, é o registro do momento em que água é jogada na cabeça do caminhante. Para eles o mapa do Acre é a visão do caminhante, olhando para a água no momento em que ela sai da cuia do guardião, para batiza-lo. E nesse aspecto o caminho ganha outra dimensão. Entra num plano que pode ser definido como transcendente, jornada universica.

A palavra Batismo começa com a letra “B” e ai ela está associada a idéia de renascer, de
nascer de novo, de nascer para mãe terra através do caminho. É para lembrar que antes
de nascer, vivemos no universo liquido do ventre materno, e assim portanto, somos
peixes. Quando nascemos para o mundo, passamos a ser humano. E nessa nova
realidade passamos a ter uma nova relação, a terra passa a ser o nosso novo grande útero
materno ao contrário, as avessa, e para sobrevivermos dentro desse novo útero,
precisamos ir até a água. No ritual do Batismo, quando mergulhamos nas águas e
emergimos, simbolicamente representa esse renascer para terra; sair do novo ventre
para uma nova vida; é um ato de reconhecimento de que temos a terra como nossa
primeira e segunda grande mãe.

Seguimos para um local conhecido como santuário da GRANDE PORONGA.